Terezinha Guilhermina, medalhista paralímpica com três ouros, duas pratas e três bronzes, participará do Festival Paralímpico, em Palmas, neste sábado, 22, evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), em comemoração ao Dia Nacional do Atleta Paralímpico (22 de setembro). A ação ocorrerá simultaneamente em 48 municípios brasileiros, incluindo todas as Capitais. Em Palmas, o Festival será realizado em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes (Seduc), na Universidade Federal do Tocantins (UFT), a partir das 8h30.
A velocista brasileira chegará a Capital na sexta-feira, 21, e participará de toda a programação com os alunos. O Festival contará com a participação de 150 crianças e jovens com idade entre 10 e 17 anos, alunos com deficiência física, visual e intelectual, das redes estadual, municipal e das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) de Palmas e Paraíso.
Durante o evento, as crianças e jovens terão a oportunidade de experimentar três modalidades esportivas paralímpicas, atletismo, bocha e tênis de mesa, conduzidas por profissionais de Educação Física, com apoio de voluntários, universitários de Palmas. As atividades serão vivenciadas de forma lúdica, em formato de circuito.
Segundo Márcia Resende, coordenadora do projeto no Tocantins, o evento tem o objetivo de fomentar o esporte paralímpico. “Será uma oportunidade para os jovens vivenciarem alguns esportes paralímpicos com materiais alternativos e oficiais, de forma inclusiva e adaptada”, explicou, informando, ainda, que boa parte do material a ser utilizado nas atividades, como raquetes, bolas de tênis, bocha e peso, foi confeccionado com material reciclável.
São parceiros na realização do Festival em Palmas a Federação das Apaes do Estado do Tocantins, Secretaria Municipal de Educação de Palmas, Universidade Federal do Tocantins, campi de Palmas e Miracema, Instituto Federal do Tocantins (IFTO), campus de Palmas, Faculdade de Palmas (Fapal) e Centro Universitário Luterano de Palmas (Ulbra).
Esta é a primeira vez que o Comitê Paralímpico Brasileiro promove o Festival do Atleta Paralímpico no país. Cerca de dez mil pessoas estarão envolvidas na ação deste sábado, que promoverá a experimentação do esporte adaptado a cerca de 7.200 crianças, com faixa etária de 10 a 17 anos.
Guilhermina
A velocista Terezinha Guilhermina nasceu com retinose pigmentar, doença congênita que provoca a perda gradual da visão. A mineira de Esmeraldas (MG) conquistou seu primeiro ouro nos 200m em Pequim 2008. Em Londres-2012, Terezinha brilhou no Estádio Olímpico ao vencer as provas dos 100m e dos 200m rasos, colocando-a entre as maiores vencedoras do país no esporte paralímpico. A história de medalhas continuou no Rio 2016, onde a velocista voltou a subir ao pódio outras duas vezes, acrescentando uma prata e um bronze em seu histórico, que tem mais de 250 medalhas conquistadas.