Marcão do Povo é suspenso do SBT por propôr campo de concentração para doentes do coronavírus

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Marcão do Povo é suspenso do SBT por propôr campo de concentração para doentes do coronavírus

Marcão do Povo sugeriu “campos de concentração” para pacientes de covid-19 Imagem: Reprodução / Internet

O jornalista Marcão do Povo foi suspenso nesta quarta-feira (08) por comentários que fez no comando do “Primeiro Impacto”, no SBT. A decisão foi tomada em reunião esta tarde na emissora.

O apresentador defendeu a criação de “campos de concentração” para pacientes com covid-19. Seria uma forma de relaxar o confinamento determinado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) e adotado na maioria dos estados brasileiros.

O apresentador ainda pediu ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) que publicasse um decreto dando poderes ao Exército de policiar as ruas e prender os governadores que não cumprirem as regras impostas.

Na linha de outros apresentadores de programas policiais, quando está no ar, Marcão grita muito, festeja a morte de acusados de crimes e tripudia de quem tem preocupação com direitos humanos. Nas redes sociais, cita versículos bíblicos e fala muito de Deus.

Desde 2019, como outros colegas no SBT, o apresentador tem também manifestado grande entusiasmo pelo governo Bolsonaro. Foi justamente num comentário que dirigiu ao presidente que Marcão fez a sugestão dos campos de concentração.

Num primeiro momento, após a repercussão negativa da sugestão de Marcão, o SBT defendeu o direito do apresentador falar o que quiser. “Ele tem liberdade de expressão, porém a opinião dele não reflete o posicionamento da emissora”. Mas, internamente, o comentário foi considerado inaceitável.

Como lembrou o colunista Leo Dias, o mesmo princípio de defesa da liberdade de expressão não valeu recentemente para Rachel Sheherazade nem para Livia Andrade. A primeira perdeu um dia da semana (sextas) no comando do “SBT Brasil” aparentemente por críticas que fez ao governo nas redes sociais. A segunda foi suspensa do “Fofocalizando” por divulgar “fake news” envolvendo uma igreja, mesmo tendo pedido desculpas um dia depois do erro.

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