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LEITURA – Clube de Leitura do Sesc irá debater em junho o livro Capitães da Areia de Jorge Amado

Em junho o Clube de Leitura do Sesc irá debater o livro “Capitães da Areia”, de Jorge Amado. O encontro será realizado mais uma vez de forma on-line e a participação é gratuita. O Clube de Leitura acontece às 19h no dia 24 de junho pela plataforma Google Meet. Ação realizada pelo Sesc Tocantins, por meio da Biblioteca e da Promotoria Cultural em Literatura do Centro de Atividades da 502 Norte, tem como objetivo promover o livro e incentivar a leitura. Inscrições no link: https://bit.ly/2RdSS80.  Informações pelo telefone (63) 3212-9940/9909 ou pelo email [email protected].

Capitães da Areia – resumo

Nesta história crua e comovente, Jorge Amado narra a vida de um grupo de meninos pobres que moram num trapiche abandonado em Salvador. Os Capitães da Areia têm entre nove e dezesseis anos e vivem de golpes e pequenos furtos, aterrorizando a capital baiana.

Do valente líder Pedro Bala, com seu rosto atravessado por uma cicatriz de navalha, ao carola Pirulito, que reza todas as noites para purgar seus pecados; do sensato Professor, o único inteiramente letrado do grupo, ao sedutor Gato, aprendiz de cafetão, cada um desses meninos tem sua personalidade própria, sua concepção de mundo, seus sonhos modestos.

A má fama do grupo, no entanto, se espalha pela cidade. Contra eles se levantam os jornais, a polícia, o juizado de menores e as “famílias distintas”. Mas há também quem os ajude: o padre José Pedro, a mãe de santo Don’Aninha, o estivador João de Adão e o capoeirista Querido-de-Deus.

Os meninos crescem e encontram caminhos variados: marinheiro, artista, frade, gigolô, cangaceiro. O líder Pedro Bala decide lutar e assumir a tarefa de mudar o destino dos mais pobres.

Influenciada pela militância comunista do autor na época em que foi escrita, a narrativa de Capitães da Areia transcende a orientação política mais imediata. Divididas entre a inocência da infância e a crueza do universo adulto, as crianças têm de lidar com um cotidiano ao mesmo tempo livre e vulnerável, revelando um desamparo e uma fragilidade que, em muitos aspectos, permanecem atuais.

Sobre o autor

Nasceu em 10 de agosto de 1912, em Itabuna, na Bahia, filho de João Amado de Faria e Eulália Leal. Aos dois anos, a família mudou-se para Ilhéus, onde o menino passou a infância e viveu experiências que marcariam sua literatura: a vida no mar, o universo da cultura do cacau e as disputas por terra.

Começou a escrever profissionalmente como repórter aos catorze anos, em veículos como Diário da Bahia, O Imparcial e O Jornal. Na década de 1930 transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde estudou direito e travou contato com artistas e intelectuais de esquerda, como Raul Bopp, Rachel de Queiroz, Gilberto Freyre, Graciliano Ramos, Vinicius de Moraes e José Lins do Rego.

Estreou com o romance O país do Carnaval (1931). Durante o Estado Novo (1937-45), devido à sua intensa militância política, sofreu censuras, perseguições e chegou a ser detido algumas vezes. Foi eleito deputado federal pelo PCB em 1945. Entre os projetos de lei de sua autoria, estava o que instituía a liberdade de culto religioso. Nesse mesmo ano, conheceu Zélia Gattai, com quem se casou, teve dois filhos, João Jorge e Paloma, e viveu até os últimos dias.

Nas décadas de 1940 e 50, viajou pela América Latina, Leste Europeu e União Soviética. Escreveu então seus livros mais engajados, como a biografia de Luís Carlos Prestes e a do poeta Castro Alves, além da trilogia Os subterrâneos da liberdade. Rompeu com o PCB nos anos 1950. A partir de então, sua literatura passou a dar mais relevo ao humor, à sensualidade, à miscigenação e ao sincretismo religioso, em livros como Gabriela, cravo e canela (1958), Tenda dos Milagres (1969), Tieta do Agreste (1977). Foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961, e ganhou prêmios importantes da literatura em língua portuguesa, como o Camões (1995), o Jabuti (1959 e 1997) e o do Ministério da Cultura (1997).

A partir da década de 1980, passou a viver entre Salvador e Paris. Sua obra está publicada em mais de cinquenta países e foi adaptada com sucesso para o rádio, o cinema, a televisão e o teatro, transformando seus personagens em parte indissociável da vida brasileira. Jorge Amado morreu em 2001, alguns dias antes de completar 89 anos.

Vale lembrar que o encontro virtual acontece sempre às últimas quintas-feiras de cada mês.

Clube de Leitura do Sesc

Uma realização da Biblioteca e da Promotoria Cultural em Literatura do Sesc Tocantins, o Clube de Leitura do Sesc tem como objetivo incentivar o hábito da leitura e promover o debate sobre obras literárias brasileiras e estrangeiras importantes. Suas edições acontecem sempre na última quinta-feira de cada mês, às 18h30, sendo, antes da pandemia, na Biblioteca do Centro de Atividades Sesc Palmas (502 Norte), sempre com entrada gratuita. Agora, via internet. Para participar, basta acessar o link no dia do evento com anotações e apontamentos sobre o livro do mês.

Biblioteca C.A. Palmas

Com um acervo bibliográfico com cerca de 14 mil exemplares, disponibilizando livros dos mais diversos gêneros, a Biblioteca do Centro de Atividades Sesc Palmas (502 Norte), dispõe de livros com títulos das diversas áreas do conhecimento, revistas, jornais e DVD’s, além de um acervo dedicado à cultura regional. Possui ainda uma biblioteca infantil que atende crianças de 05 a 12 anos. Além do acervo físico, os usuários dispõem de acesso à internet em computadores da Biblioteca ou através da rede Wi-fi e mesas para estudos coletivos e individuais, por meio de baia com computadores com acesso à internet para consulta e pesquisa literária. A Biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 21h30 e, aos sábados, das 9h às 12h50.

Seguindo a política do Sesc Nacional quanto ao incentivo da Cultura em suas diversas formas, o Sesc Tocantins acredita que a leitura e o livro são ferramentas essenciais dessa política. Assim, além dessa ação cultural, oferece uma rede de bibliotecas nas principais cidades do Estado, e a unidade móvel BiblioSesc, que espalha a leitura pelos bairros de Palmas.

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