Próximo a datas importantes para o comércio, como a Black Friday e o Natal, a pesquisa que mede a intenção de consumo das famílias de Palmas do mês de novembro registrou uma leve queda, obtendo uma variação negativa de 1,3%.
Os itens que puxaram essa queda foram: a renda atual, acesso ao crédito, nível de consumo atual e mau momento para aquisição de bens duráveis. Porém se comparado ao mesmo período de 2018, houve um crescimento de 7,1 pontos.
Apesar de queda na percepção da renda atual, 73,9% disseram estar mais seguros em seus empregos e 43,5% acreditam que terão melhoria profissional nos próximos meses. Segundo o presidente do Sistema Fecomércio, Itelvino Pisoni, estes dados podem ser reflexo da queda na taxa do desemprego e do período. “Neste período do ano temos a contratação de muitos temporários o que pode impactar a visão dos entrevistados positivamente sobre o perfil profissional”, explicou.
Já com relação aos itens que puxaram a queda, 73% responderam à pesquisa que o acesso ao crédito está mais difícil e 46,6% estão comprando menos do que no mesmo período do ano passado. Ainda, 50,2% acreditam que este é um mau momento para aquisição de bens duráveis. “Dentre os itens o que demonstrou maior variação negativa foi justamente o acesso ao crédito, -10,9%, que impacta diretamente o consumo principalmente de bens duráveis, isso explica muito o índice geral deste mês”, ressaltou a assessora econômica da Fecomércio, Fabiane Cappellesso.
Dados Nacionais
A ICF nacional apresentou em novembro a quarta alta seguida, com aumento de 1,3% em relação a outubro, chegando a 95,2 pontos. Na comparação com novembro de 2018, a evolução chegou a 8,7%. Ao contrário do primeiro semestre, quando a intenção de compras oscilou, com as famílias se mostrando cautelosas e reticentes, a economia tem dado sinais de reativação nos últimos meses, influenciando positivamente as projeções de crescimento econômico para 2019, bem como a propensão de gastos. “A boa performance do ICF em novembro está em linha com os bons sinais recentes da economia, proporcionados por fatores como inflação descendente, acréscimo de renda com os saques do FGTS e do PIS/Pasep, relativa segurança no emprego, juros primários tendentes para baixo, além do recebimento do 13º salário”, ressalta José Roberto Tadros, presidente da CNC.