Fevereiro trouxe boas notícias para o comércio da Capital, a intenção de consumo das famílias voltou a crescer neste mês registrando um aumento de 0,8% quando comparado a janeiro de 2020.
A maior variação positiva foi no item que versa sobre o acesso ao crédito e a maior variação negativa foi com relação ao item emprego atual. Isso pode ser explicado por conta na queda de 1,4% nos entrevistados que disseram que o acesso ao crédito está mais difícil e no aumento de 2% nos que acreditam que está mais fácil. Já sobre a empregabilidade, houve uma queda de 1% nos que sentem mais seguros em seus empregos e um aumento de 2,8% nos que se sentem menos seguros.
A pesquisa realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins mostrou ainda que 55,8% dos entrevistados consideram sua renda atual melhor do que em fevereiro do ano passado.
Mais especificamente sobre o consumo, a maioria das famílias disseram que estão comprando menos atualmente (48,5%) e apenas 28,2% acreditam que o consumo nos próximos meses será maior que no mesmo período do ano passado. Além disso, 46,1% dizem que esta é um mau momento para a aquisição de bens duráveis.
A assessora econômica da Fecomércio, Fabiane Cappellesso, explica a pesquisa. “Apesar do nome da pesquisa ser intenção de consumo, no questionário são avaliados vários outros itens que estão associados ou impactam diretamente o consumo, como a renda, emprego, acesso ao crédito e outros, para que aí sim, sejam somados e se chegue ao índice geral da pesquisa que neste mês registrou aumento”, frisou.
Pesquisa Nacional
A Intenção de Consumo das Famílias no Brasil chegou a 99,3 pontos em fevereiro, alcançando o maior nível desde abril de 2015. Este também foi o melhor resultado para um mês de fevereiro em cinco anos. O crescimento no comparativo anual foi de 0,8%. Segundo o presidente da CNC, José Roberto Tadros, o desempenho do índice neste mês aponta uma recuperação gradativa do consumo, ancorada em fatores econômicos, como a redução do desemprego e o aumento das contratações líquidas, além da taxa inflacionária baixa. “Os brasileiros estão mais confiantes com a atividade econômica em 2020, aumentando, assim, sua intenção de consumir tanto no curto quanto no longo prazo”, ressalta.