Instituto libera leitos de UTI no Hospital Geral de Palmas após bloqueio por falta de materiais

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Instituto libera leitos de UTI no Hospital Geral de Palmas após bloqueio por falta de materiais

Os leitos do Hospital Regional de Araguaína e de Gurupi continuam bloqueados. O ISAC afirma que a decisão de bloqueio é para “garantir a assistência adequada aos pacientes já internados”.

O Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) desbloqueou cinco leitos de Unidade de Terapia Intensiva Covid-19 do Hospital Geral de Palmas (HGP). Ao bloquear 17 leitos nesta terça-feira (19), o Instituto informou que havia risco de desabastecimento nos três maiores hospitais do estado. Os leitos do Hospital Regional de Araguaína e de Gurupi continuam sem poder receber pacientes.

Segundo o ISAC, a diretoria da unidade hospitalar de Palmas fez um empréstimo dos materiais e medicamentos essenciais que estavam em falta. Veja a lista abaixo.

O Instituto disse que levou em consideração o “compromisso da gestão do HGP de que irá garantir o abastecimento”.

Os outros leitos bloqueados em Gurupi e Araguaína seguem sem liberação e só poderão funcionar quando houver reabastecimento. Segundo o ISAC, os estoques nas unidades estão em níveis críticos. O Instituto afirma que a decisão de bloqueio é para “garantir a assistência adequada aos pacientes já internados”.

O ISAC afirma ainda que o bloqueio dos leitos é por causa do risco de desabastecimento e não de atrasos nos pagamentos. A folha de pagamento de dezembro é a única, segundo o instituto, que está atrasada.

Materiais e medicamentos que estariam em baixa na UTI Covid-19 do HGP:

– Soro fisiológico 100 ml

– Soro fisiológico 250 ml

– Soro fisiológico 500 ml

– Quetiapina 25 mg

– Risperidona 1 mg

– Rocurônio

– Pancurônio

– Fentanil 10 ml

– Midazolam 50

– Linezolida

– Meropenem 1 g ou meropenem 500 mg

– Fluconazol bolsa

– Tazocim

– Dobutamina

– Noradrenalina

– Clexane 60

– Amiodarona ampola

– Colchicina 0,5 comprimido

– Bromoprida ampola

– Acetilcisteína 600

– Seringa de 20 ml

– Gazes

– Equipos bomba de infusão Lifemed

 

O que diz o Governo do Estado

O Governo do Estado do Tocantins, através da Secretaria de Estado da Saúde (SES), informou que não há quaisquer riscos de desabastecimento, quanto a prestação de serviços referentes aos leitos de UTIs Covid-19, nas unidades hospitalares públicas estaduais.

A SES informa, ainda, que concluiu as análises da prestação de contas do Instituto Saúde e Cidadania (ISAC), como também a conferência das notas fiscais emitidas. O processo para pagamento da Instituição – responsável pelas UTIs Covid-19 – já foi encaminhado para a Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ).

Enfatiza-se que o pagamento será realizado nesta quinta-feira (21) e estará disponível para o Instituto, no decorrer do dia 21/01/2021.

Entenda

O Instituto Saúde e Cidadania (ISAC) administra leitos de UTI para Covid-19 nos três maiores hospitais do Tocantins e realizou os 17 bloqueios nesta quarta-feira (20) por acreditar que havia risco de desabastecimento nas unidades.

Segundo o Instituto, o HPG e os hospitais regionais de Gurupi e Araguaína não poderiam tratar novos pacientes “até que o abastecimento seja normalizado pelos fornecedores”.

Há relatos de pacientes que aguardam transferências para UTIs nas unidades e não estão conseguindo. É o caso de Carlos Antônio Pereira Paz. Ele está internado na Unidade de Pronto Atendimento da região norte da capital e a família conseguiu uma liminar na Justiça que determina a transferência dele para uma UTI.

Uma sobrinha do paciente informou que quando a UTI móvel chegou para realizar a transferência eles foram informados que o HGP não poderia receber o paciente.

A secretaria da saúde que o paciente Carlos Antônio Paz foi transferido para a UTI de um hospital particular, contratada pelo estado.

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) decidiu terceirizar o gerenciamento e operacionalização dos leitos de UTI adultos do Hospital Geral de Palmas e dos Hospitais Regionais de Gurupi e Araguaína em agosto. O governo contratou o Instituto Isac pelo valor de R$ 33,2 milhões, sem licitação. O contrato tem validade de pelo período de seis meses, mas prevê a prorrogação sucessiva enquanto durar a pandemia.

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