Os indígenas foram avistados no dia 9 de outubro deste ano. Pessoas estranhas podem ser proibidas de entrar no local.
O Ministério Público Federal (MPF) recomendou a imediata interdição de uma área no interior da Ilha do Bananal, no Tocantins, onde foi avistado um povo indígena vivendo isoladamente.
A recomendação foi dirigida à Fundação Nacional do Índio (Funai) e ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Aos orgãos, o MPF sugeriu também a adoção de providências necessárias para proteção e isolamento dessa população e medidas protetivas na região para evitar a entrada de pessoas estranhas ao local.
Os indígenas foram avistados no dia 9 de outubro por um agente de Manejo Integrado do Fogo, do PREVFOGO/Ibama, após o encerramento de uma operação de combate a um incêndio florestal na Ilha do Bananal.
Ao se deslocar de helicóptero para a base do centro, enquanto estava a 100 metros de altitude e procurava identificar se havia mais algum foco de incêndio, o agente avistou, em local próximo, 8 indígenas de um povo não identificado, sendo 6 adultos e 2 crianças.
Segundo o MPF, o agente que avistou o grupo cresceu em meio aos indígenas e é falante da língua Iny. Ele também é morador da Ilha do Bananal desde quando nasceu e declarou que as pessoas avistadas eram completamente diferentes dos Javaé e dos Karajá, habitantes tradicionais da Ilha do Bananal.
Segundo estudo realizado pela PhD em antropologia Patrícia Rodrigues, a população avistada provavelmente é do povo Avá-Canoeiro, também conhecido regionalmente como ‘Cara Preta’.
Íntegra do estudo de Patrícia Rodrigues.
Íntegra do ofício encaminhado aos órgãos.