Festa da etnia Karajá é realizada na aldeia Santa Isabel do Morro, na Ilha do Bananal. Durante ritual, meninos ficam separados e aprendem a caçar e a pescar.
Um ritual indígena da etnia Karajá celebrou, neste sábado (17) e domingo (18), a passagem da infância para a vida adulta dos meninos da comunidade localizada na Ilha do Bananal. O ritual Hetohoky, que significa Casa Grande, ocorre todo ano na aldeia Santa Isabel do Morro.
Durante o ritual, os jovens que estão se tornando adultos passam um período dentro dessa casa construída para a festa. Segundo a tradição, é nela que os seres místicos ajudam o indígena a se tornar um Inã, que saiba caçar e pescar.
Uma equipe da Secretaria Estadual do Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia, Turismo e Cultura (Seden) foi até a ilha do Bananal para registrar a tradição cultural dos indígenas.
A festa Hetohoky é o maior ritual indígena entre os povos do Tocantins. As crianças indígenas são preparadas para o ritual por cerca de um mês. A preparação inclui ida para a floresta, onde, como parte do ritual, os meninos aprendem a caçar, pescar e valorizar os bens da natureza de onde a aldeia tira o sustento para a família.
Os meninos da etnia Karajá ficam presos na casa grande por uma semana não podem sair e nem receber visitas de mulheres ou de outras crianças.