Incêndios de grande proporção mobilizam Bombeiros e brigadistas em Paranã

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Incêndios de grande proporção mobilizam Bombeiros e brigadistas em Paranã

Chamas já devastaram milhares de hectares no sudeste do Tocantins; operações seguem intensas com foco na proteção das comunidades e na preservação ambiental.

Desde o dia 20 de agosto, o município de Paranã, no sudeste do Tocantins, enfrenta uma das maiores ondas de incêndios dos últimos anos. As queimadas começaram na região da Fazenda Taboa, avançaram sobre o Rio Palma e atingiram diversas propriedades rurais, consumindo extensas áreas de vegetação nativa.

Segundo informações da Defesa Civil Municipal, os focos já devastaram áreas significativas em fazendas como Nova Vida, Bela Vista, Retiro, Pato, Renascer, Capim Dourado e Sete Irmãos. Dados do Painel do Fogo apontam que algumas frentes ultrapassam 3.700 hectares, enquanto outra já supera 1.500 hectares.

Operação contínua no combate às chamas

Para conter os incêndios, 13 brigadistas municipais e militares do Corpo de Bombeiros do Tocantins (CBMTO) atuam de forma ininterrupta. As equipes priorizam áreas próximas ao perímetro urbano, garantindo a proteção da população contra os riscos das chamas e da fumaça densa que encobre a região.

No entorno da cidade, focos em chácaras localizadas nas áreas do Mamédio, Jura e

Estratégias e técnicas de combate

O trabalho em campo inclui o combate direto, uso de aceiros, aplicação da técnica de contra-fogo, além do monitoramento contínuo das áreas críticas. O subchefe do Estado-Maior do CBMTO, Coronel Alves, que coordena a Operação Tocantins Mais Verde, destacou a importância da integração entre forças:

“Estamos com equipes em campo, atuando de forma estratégica em conjunto com brigadistas e parceiros locais. O objetivo é proteger a população, reduzir os impactos ambientais e garantir segurança às comunidades afetadas”, reforçou.

Regiões mais críticas

De acordo com o diretor de Proteção e Defesa Civil de Paranã, Elismar Reges José dos Santos, a situação permanece delicada em áreas de difícil acesso, como a região da Serra Gerais, que registra reignições constantes desde o início do mês. Somente nesta semana, incêndios controlados voltaram a se espalhar, obrigando as equipes a redobrarem os esforços.

Elismar relatou ainda a atuação emergencial do dia 27 de agosto. “Na manhã de quarta-feira, combatemos focos na margem do Rio Palma que se propagavam rapidamente. À tarde, o fogo atravessou o rio e atingiu novas fazendas. Já na região da Capim Dourado, a técnica de contra-fogo foi essencial para evitar uma tragédia ainda maior. Até o momento, calculamos que cerca de 4.913 hectares foram devastados apenas nessa frente de incêndio”, explicou.

Próximos passos da operação

Para os próximos dias, as equipes programaram o reconhecimento da área da Serra Gerais, que se estende de Paranã até São Salvador, além da avaliação de comunidades vizinhas que podem estar sob risco. O objetivo é definir novas estratégias de contenção e evitar que o fogo avance para áreas habitadas.

Uma luta que continua

Apesar das dificuldades, o esforço conjunto entre Bombeiros, brigadistas e apoio local já conseguiu conter diversos focos, reduzindo os impactos diretos à população urbana. No entanto, o cenário ainda exige atenção máxima, com monitoramento constante e reforço de recursos para que a devastação ambiental seja controlada.

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