Iniciativa aconteceu em referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes
A consciência sobre os atos que se configuram como abuso ou exploração sexual infantil é essencial para o combate deste tipo de violência. Pensando nisto, o Hospital Municipal de Araguaína (HMA) aderiu à campanha “Faça Bonito. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes” e realizou nesta quarta-feira, 16, uma palestra com este tema para os acompanhantes dos menores internados.
A campanha faz referência ao Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (18 de maio) e foi levada ao hospital por meio de uma parceria com o Conselho Tutelar, a Ordem dos Advogados do Brasil no Tocantins (OAB-TO), o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Prefeitura Municipal de Araguaína e o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
De acordo com a psicóloga do HMA, Cleide Nascimento, o objetivo é conscientizar as famílias sobre a importância de procurar as autoridades competentes quando há suspeita de abuso.
“Nossa ação é para chamar a atenção dos pais e responsáveis sobre sinais de alerta que indicam o momento de procurar ajuda”, enfatizou.
Para Ester Batista, mãe da pequena Eloá, o evento foi uma surpresa importante durante a internação de sua bebê. “Eu tinha muitas dúvidas sobre o assunto e hoje pude esclarecer. Vou levar para casa o que falaram aqui”, garantiu Ester.
Enfrentamento da violência
A palestra foi conduzida por representantes das entidades parceiras de forma dinâmica e objetiva. Em sua fala, o conselheiro tutelar de Araguaína, Álvaro Otávio, mostrou para os pais e responsáveis como identificar os sinais que a vítima dá quando está passando por algum tipo de violência.
“A vítima pode se sentir coagida. O abusador utiliza por vezes de estratégias que atraiam a criança e façam com que ela permaneça em silêncio. Por exemplo: ele pode oferecer presentes para que não seja denunciado”, explanou.
Álvaro também falou sobre o que é direito violado e o que pode ser considerado abuso ou exploração sexual. “Atos libidinosos ou intenções eróticas em relação à vítima já são violências sexuais”, revela o conselheiro.
Ele explicou ainda que cada vítima pode demonstrar que está sofrendo com comportamentos particulares. No entanto, é comum haver isolamento, apego excessivo com a mãe ou outro(a) responsável e até mesmo a volta de atitudes já superadas, como urinar na cama.
Com os sinais identificados, o próximo passo é procurar ajuda, conforme complementou o advogado Lucas Luciano Silva, representante da OAB-TO. “Os responsáveis podem acionar o Conselho Tutelar ou denunciar por meio do disque 100, do Direitos Humanos. O importante é não deixar a situação chegar a um patamar incontrolável”, informou.