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Greve dos servidores públicos do TO chega a 58 dias sem acordo

Presidente de sindicato diz que ‘governo não se posiciona sobre paralisação. Greve começou dia 9 de agosto; servidores cobram pagamento de data-base.

A greve dos servidores da saúde, educação e do quadro geral do Tocantins completou 58 dias nesta quinta-feira (6), sem acordo com o Governo do Estado. Eles começaram a paralisação no dia 9 de agosto para cobrar o pagamento dos retroativos da data-base de 2015 e a implantação do índice de 9,8307% referente a data-base 2016.

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Tocantins, Cleiton Pinheiro, disse que o governo ainda não se posicionou. O último contato que a categoria teve com o Estado foi no dia 29 de setembro.

Na ocasião, Pinheiro disse que apresentou uma proposta para que o pagamento da data-base fosse feito em duas vezes, uma na folha de outubro e outra na de janeiro e que o retroativo fosse dividido em 12 parcelas, iniciando em janeiro de 2017. “Eles não se posicionaram. Nós vamos manter as mobilizações. A categoria segue firme na greve”, disse ele.

O presidente afirmou ainda que a adesão dos servidores à greve continua a mesma, uma média de 85% dos mais de 12 mil efetivos no Tocantins. Em algumas cidades isoladas, o número cresceu, como Guaraí e Pedro Afonso, chegam a uma média de 95% dos funcionários.

“É um número significativo e não vejo preocupação do governo. Ele não está preocupado nem com os servidores, nem com a população porque os serviços que estão suspensos atingem a economia do estado”, argumentou.

O Estado disse, através da assessoria de comunicação, que está avaliando a proposta dos servidores.

Educação
As escolas estaduais estão com as aulas prejudicadas desde o dia 10 de agosto. Cerca de 180 mil são afetados em todo o Tocantins. Na capital são mais de 38 mil alunos. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Estado do Tocantins (Sintet), 70% das escolas no interior estão fechadas e na capital, são 80%. São cerca de 540 unidades.

A assessoria de imprensa do Sintet afirmou que os professores seguem em greve. “A pressão da gestão dentro das escolas está grande, cobrando para que os professores retornem”, informou.

Saúde
Apenas 20% dos servidores da saúde seguem em greve. Isso porque no dia 22 de setembro a Justiça determinou que os funcionários mantivessem o mínimo de 80% do efetivo trabalhando nos hospitais estaduais do Tocantins.

O presidente do sindicato da categoria, Manoel Pereira de Miranda, disse que recorreu da decisão no Tribunal de Justiça para que a lei de greve seja cumprida. “Pedimos o cumprimento da lei que determina que durante greve 30% dos serviços sejam mantidos”.

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