Na Capital, o resgate de fauna silvestre é feito pelo Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) e Guarda Metropolitana
Em busca de locais de reprodução ou alimentação, animais silvestres são vistos rotineiramente em Palmas. Em casos onde a espécie está fora do hábitat e seja necessário o resgate, a recomendação é ligar para o Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA), pelo (63) 3218-2761.
Na Capital, a comunidade também pode acionar a Guarda Metropolitana pelo 153. As duas entidades possuem agentes preparados para lidar com estas ocorrências. Após o resgate, os animais podem ser devolvidos ao ambiente imediatamente ou encaminhados para o Centro da Fauna (Cefau) gerido pelo Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), onde a oferta de cuidados especializados amplia as chances de retorno à natureza.
No Tocantins, é o Naturatins responsável pela gestão da fauna silvestre. Especialistas do órgão ambiental orientam que não deve ser feita a tentativa de captura, visto que o animal ao se sentir ameaçado por estar fora do seu hábitat natural, pode reagir de forma inesperada. Outra recomendação é não fornecer alimentos ou água, que podem ser prejudiciais.
A avaliação do estado dos animais e a adaptação dos cuidados de acordo com as necessidades são procedimentos adotados no Cefau. Segundo o gerente de Pesquisa e Informação da Biodiversidade, William Aires, em situações específicas, os animais são encaminhados a profissionais especializados para receberem os devidos cuidados. Entre as medidas implementadas estão exames clínicos e/ou laboratoriais, cirurgias e fisioterapias.
Posteriormente à recuperação, os animais passam por um processo de reabilitação com o objetivo de readaptá-los à vida selvagem. Em casos nos quais a reintrodução não é viável devido às condições do animal, este é encaminhado para entidades mantenedoras ou criadouros conservacionistas.
A monitorização regular dos animais soltos ocorre nas áreas destinadas à soltura, a fim de avaliar sua adaptação ao ambiente. Para facilitar esse processo, são atribuídas identificações aos animais assim que chegam ao Cefau. Aves são marcadas com anilhas, enquanto mamíferos recebem microchips ou, conforme a espécie, brincos de marcação. Essas marcações desempenham um papel fundamental na identificação dos animais que passaram pelo Centro, sendo úteis em situações de óbito, recaptura ou para avaliar o êxito da reintrodução.
Cefau
Há seis anos, o Cefau atua na proteção e reabilitação da fauna silvestre em situação de risco. São recebidos diariamente animais silvestres provenientes de apreensões de tráfico, de criação ilegal, de entrega voluntária, vítimas de maus tratos e de atropelamentos. A equipe de profissionais composta por bióloga, veterinários, zootecnista, tratadores e estagiários, garante atendimento de forma a assegurar não apenas a sobrevivência, mas também sua readaptação e reintrodução ao meio ambiente. O local funciona em uma área de aproximadamente sete hectares e abriga atualmente 160 animais.
Para ampliar a oferta de cuidados com os animais silvestres, o Naturatins mantém Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com o Centro Universitário Luterano de Palmas (Ceulp/Ulbra) para utilização da estrutura do Hospital Veterinário, em serviços como procedimentos cirúrgicos, exames clínicos e de imagem. Outra parceria exitosa é com o Centro Universitário Católica do Tocantins (UniCatólica), na oferta de exames clínicos e radiográficos. A UniCatólica disponibiliza ainda um banco de amostras biológicas para o desenvolvimento de pesquisas, atividades de educação ambiental e trabalhos científicos.