Estudos realizados pelo Centro de Desenvolvimento e Pesquisa da Corteva no Estado trazem mais produtividade ao agronegócio brasileiro
O secretário da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), Tom Lyra, visitou na manhã desta quinta-feira, 5, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da multinacional Corteva Agriscience, uma referência mundial em tecnologia, pesquisa e inovação.
Na ocasião, o secretário conheceu as instalações da empresa e conversou com funcionários. O centro de pesquisa está instalado nas margens da rodovia TO- 050, localizada numa área entre Palmas e Porto Nacional.
Tom Lyra foi recepcionado pelo corpo de pesquisadores do Centro de Pesquisa, coordenado pelo líder de pesquisa no Brasil na área de sementes, Carlos Raupp, acompanhado pelos pesquisadores, Regisley Durão, mestre em genética molecular e biotecnologia, gerente do Centro de Pesquisa, Oelton Rosa Júnior, doutor em fitopatologia, responsável pela estação quarentenária, Andrea Schmidt, doutora em melhoramento, líder do laboratório molecular, e Nilson Denúncio, supervisor administrativo.
A equipe apresentou todo o processo de funcionamento da unidade, uma das mais avançadas no mundo, que conta com laboratórios de alta tecnologia e performance para recepção, seleção, pesquisa e melhoramento genético de sementes de milho, soja e sorgo.
Referência mundial
O Centro de Pesquisa e Desenvolvimento instalado em Palmas é um dos cinco mais avançados do mundo em alta tecnologia e performance que dá suporte a 10 programas de pesquisa em andamento no Brasil de melhoramento genético de milho, e à cinco de soja e um de sorgo.
A unidade em Palmas conta com laboratório de amostragem, laboratório de marcadores molecular, laboratório de entomologia, câmara fria e sala de montagem e experimento.
Além do Brasil, a empresa conta com Centros como estes nos Estados Unidos, Porto Rico, México e Chile. “Esta unidade de Palmas é uma estação estratégica porque dá suporte aos programas de melhoramentos genéticos desenvolvidos pelas nossas outras unidades de pesquisa em todo o País”, disse o líder de pesquisa de sementes, Carlos Raupp.
O diretor explicou ainda que a região foi escolhida para receber o Centro de Pesquisa em virtude da condição climática da região que permite vários plantios ao longo do ano. “Daqui enviamos sementes para pesquisadores/melhoristas em diversas partes do país, que estarão colocando esses materiais em seus experimentos para, numa média de cinco anos, obter, ou não, um produto comercial”.
Pesquisas no Estado
Apesar de ser um processo demorado já que cada material precisa ser testado por cinco safras, Raupp disse que o país já colhe os frutos dos resultados das pesquisas, partes desenvolvidas aqui no Tocantins, com a comercialização de sementes de alta qualidade de soja, milho e sorgo que trazem mais competitividade ao agronegócio brasileiro.
“A grande contribuição de uma unidade como esta instalada aqui no Tocantins é na excelência do produto que estamos colocando no mercado”, afirmou Raupp, completando que o orçamento mundial da empresa para investimentos em pesquisa ficam em torno de US$ 1,2 bilhão.
Mão de Obra
O Centro de Desenvolvimento emprega 180 pessoas, sendo 40 pesquisadores e na época de safra, este número chega a 500 colaboradores. Muitos destes profissionais fizeram carreira na empresa como é o caso do pesquisador Oelton Rosa, que iniciou trabalhando como safrista, aos 15 anos, em Itumbiara (GO) e hoje faz parte do corpo de pesquisadores no Tocantins.”Tenho orgulho de estar numa empresa que desenvolve não só produtos, mas as pessoas e a comunidade em sua volta”, ressaltou
Modelo de negócio
Por mais de duas horas de visita, o secretário Tom Lyra percorreu cada instalação do Centro de Pesquisa, ouvindo histórias como a do pesquisador Oelton e disse que saía confiante no futuro do Tocantins.
“Porque a Corteva sem dúvida nenhuma, é um salto e representa a oportunidade de inserir o Estado no mundo competitivo na pesquisa, sobretudo, de alta performance.
Lyra destacou ainda que saía também animado com a oportunidade que a Corteva proporciona ao jovem tocantinense, incentivando o crescimento intelectual e profissional, e, sobretudo pelo aspecto de desenvolvimento e intercâmbio com outros países como EUA, Alemanha e Ásia.
“A empresa representa para o Tocantins, sem dúvida, nenhuma, um modelo de negócio a ser seguido, divulgado, para atrair outras empresas de tecnologia de alta performance, que agregam conhecimento a nossa base intelectual e novas matrizes de trabalho”, afirmou.
Para o secretário, uma empresa como a Corteva, sem dúvida, credencia o Estado a pleitear, junto à Receita Federal, um aeroporto alfandegado para qualificar as operações logísticas aéreas realizadas.