Recém-nascido foi localizado já morto. Polícia Civil investiga o caso.
Uma adolescente de 17 anos foi apreendida pela Polícia Civil após dar à luz a um menino e jogá-lo às margens de um córrego em Miracatu, na região do Vale do Ribeira, interior de São Paulo. O bebê não resistiu e foi encontrado morto. O crime só foi descoberto depois que a jovem precisou ser levada ao hospital.
O caso ocorreu na quarta-feira (13). Segundo informações das polícias Militar e Civil, a jovem estava grávida de nove meses, mas escondia a gestação de familiares. Assim que ocorreu o nascimento, ainda durante a madrugada, ela colocou o filho em uma sacola plástica, jogou o bebê no córrego e voltou para casa.
A adolescente foi encontrada desacordada por familiares dentro da residência, no bairro Vila Formosa, em meio a uma hemorragia. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a encaminharam até o pronto-socorro da cidade, onde os médicos descobriram que ela havia acabado de ter um filho.
A polícia foi acionada e, aos soldados, a jovem confirmou que havia jogado o bebê, um menino, no córrego próximo à casa, logo após o nascimento. A criança foi achada ao longo do dia, após buscas, já sem vida, dentro de um saco plástico. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Registro.
A Polícia Civil foi acionada e as equipes iniciaram uma investigação prévia. Em razão do ocorrido, a jovem foi indiciada por infanticídio, quando a morte do filho é provocada pela mãe, seja no parto ou antes dele. Mesmo internada, ela foi apreendida e permanece sob custódia no hospital, até que seja entregue à Justiça.
Ainda segundo o apurado pelos investigadores, familiares desconfiavam da gravidez, apesar da adolescente não admitir. Ela já tem um filho de pouco mais de um ano e alegou, inicialmente, que sofreu um aborto. A polícia, agora, aguarda um laudo que possa atestar a real circunstância da morte do recém-nascido.
A mãe da adolescente é falecida e o pai não foi localizado para depoimento na Delegacia Sede da cidade, conforme o apurado pelo G1. O pai dos filhos da adolescente ainda é desconhecido e passa a ser alvo de investigação da Polícia Civil, que não soube informar se ela mantinha algum tipo de relacionamento.