A Polícia Civil contribuiu com a operação.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Tocantins deflagrou, na manhã desta quinta-feira, 21, a operação Iscariotis, no Sul do Estado, para o cumprimento de sete mandados de busca e apreensão na Casa de Prisão Provisória de Gurupi e em residências da cidade. A Polícia Civil contribuiu com a operação.
O objetivo é reunir informações para investigação que se encontra em andamento no Gaeco sobre a possível prática de crime de corrupção passiva por parte de um policial penal e do possível crime de extorsão por alguns reeducandos.
Conforme as apurações, o servidor público, lotado na unidade prisional de Gurupi, teria realizado cobranças à família de reeducando com o objetivo de oferecer proteção e o acesso a alimentos, cigarros e a aparelho celular. Conforme foi levantado, diversos presos também pagavam para ter acesso temporário ao celular e realizar ligações.
Ainda foi apurado que o servidor público, além de solicitar diretamente vantagens indevidas, também fazia “vistas grossas” a extorsões praticadas por reeducandos contra outros detentos e os seus familiares, contribuindo para a ocorrência destes ilícitos.
Nas investigações, foram comprovadas transferências e depósitos bancários realizados a título de extorsão. As práticas irregulares teriam ocorrido ao menos entre outubro de 2020 e fevereiro de 2021.
O nome da operação do Gaeco faz referência a um dos doze apóstolos que traiu Jesus por 30 moedas de prata.