Funcionários e famílias de pacientes reclamam da estrutura precária do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) II, em Araguaína, no norte do Tocantins. No mês passado, a Justiça determinou que o Estado resolvesse a situação na unidade e deu 15 dias para que o Governo desse uma resposta. O prazo já terminou, mas ainda não há informação sobre o que será feito.
“Oficialmente não recebemos nenhuma informação quanto a solução dos problemas que nós já informamos”, afirma Noris Cavalcante, presidente da Associação Unidos pela Vida, formada por familiares, funcionários e pacientes da unidade.
O cenário de abandono continua e os problemas no prédio são os mesmos. As cenas de destruição fazem parte da rotina de funcionários e pacientes há mais de dez anos.
As pias estão quebradas e as paredes rachadas. O teto está quase caindo e há água no chão por causa da quantidade de goteiras. Os armários de remédios estão vazios.
A preocupação da associação é que com a falta de estrutura o tratamento acabe sendo comprometido. “Não há atendimento adequado para o usuário, para que ele possa se recuperar. Ele precisa de um conjunto de ações, como medicamentos, terapias ocupacionais, acolhimento. Tudo que é necessário”, defende Noris.
Mesmo assim, colchões rasgados e paredes rachadas são a única alternativa que resta em um prédio destruído e triste.
Resposta
A Secretaria de Estado da Saúde informou que realizou o processo licitatório de compra dos medicamentos e está cobrando rapidez da empresa vencedora do certame para entrega-los
Sobre as obras de reforma do prédio, a Secretaria disse que aguarda que a empresa vencedora do processo licitatório assine o contrato para dar início as obras.