Acidente com ATR 72-500 deixou 62 mortos; piloto teria solicitado descida de altitude devido ao gelo antes da queda.
A formação de gelo na rota é a principal suspeita do que levou à queda do avião da VOEPASS (antiga Passaredo), que fazia a rota Cascavel (PR) – Guarulhos (SP), na última quinta-feira. A aeronave, um ATR 72-500, caiu na cidade de Vinhedo, no interior de São Paulo, matando todas as 62 pessoas a bordo.
Desafios Históricos com Gelo
O modelo ATR 72-500 tem um histórico conhecido de desafios em relação à formação de gelo severo. Esse tipo de gelo pode se acumular nas asas, reduzindo a sustentação da aeronave, ou bloquear os tubos de Pitot, que fornecem informações cruciais de velocidade para os instrumentos de voo. Pilotos experientes indicam que o comandante da aeronave envolvida no acidente havia solicitado ao controle de voo uma descida de altitude devido ao acúmulo de gelo. No entanto, ainda não se sabe se ele conseguiu descer antes de perder o controle da aeronave.
Paralelo com Acidente da Air France
A formação de gelo foi também um fator crítico no acidente do Airbus A330 da Air France, que caiu próximo a Fernando de Noronha em 2009. Assim como naquele trágico incidente, o gelo pode ter contribuído significativamente para a perda de controle do ATR 72-500, levando à sua queda em Vinhedo.
Aeronave em Situação Regular
O avião acidentado foi fabricado em 2010 e estava em situação regular junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A Anac e outras autoridades competentes estão investigando as causas do acidente para determinar as circunstâncias exatas que levaram à tragédia.
