Estudo científico, apoiado pelo Governo do Tocantins, visa prevenção do câncer de colo de útero

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Estudo científico, apoiado pelo Governo do Tocantins, visa prevenção do câncer de colo de útero

Para rastrear os casos de câncer de colo de útero, por meio de exames em mulheres na faixa etária de 25 a 64 anos, usuárias do serviço público de saúde do Tocantins, um grupo de pesquisadores está realizando um estudo científico, que visa à inclusão de um teste que permita identificar os casos com maior probabilidade em desenvolver a doença. O projeto conta com o apoio financeiro dos governos Federal e Estadual, por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (Fapt).

Segundo a coordenadora da pesquisa, a biomédica e doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Mulher pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Jucimária Dantas Galvão, o objetivo é conscientizar as mulheres sobre a importância do exame preventivo, conforme recomendação das Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do Colo do Útero, e estabelecer um teste complementar ao exame citopatológico ou preventivo que identifique os casos precocemente e permita o encaminhamento imediato ao atendimento especializado para o diagnóstico. O que favorece a redução dos retornos das mulheres às Unidades de Saúde para repetição de exames e contribuir para a redução da incidência de câncer de colo do útero no Tocantins.

Um dos fatores desencadeantes do câncer de colo de útero é o Papiloma vírus Humano (HPV) que favorece o desenvolvimento da doença que é progressiva e lenta. Por ter uma fase assintomática, as mulheres precisam se submeter a exames preventivos ou citopatológico para a identificação de lesões que indiquem atendimento especializado e o diagnóstico. Na dinâmica do estudo, serão realizados atendimentos às mulheres que sinalizam a infecção pelo vírus HPV com resultados prévios Papanicolau (ASC-US e LSIL).

“Esse público é atendido por ginecologistas que atuam nos Serviços de Referência do Colo, para a realização da coleta de amostras para exames citopatológicos, de DNA-HPV e teste de imunocitoquímica (com a dupla marcação por p16 e Ki67), permitindo uma análise efetiva dos testes comparando aos métodos recomendados para identificar aquelas com lesões precursoras ou câncer do colo uterino”, explica a pesquisadora Jucimária.

Projeto

O estudo recruta 336 mulheres, residentes no Tocantins e na cidade do Rio de Janeiro-RJ, onde as participantes terão acompanhamento especializado. Serão colhidas informações para o banco de dados dos pesquisadores, que servirão para compor a análise e testes estatísticos para a hipótese. As amostras serão encaminhadas ao LACEN – TO e aos Laboratórios parceiros (Laboratório da Unisa/SP, Laboratório EuroImunn/SP e Laboratório do IFF da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para a realização dos referidos testes laboratoriais.

O projeto intitulado “Efetividade da marcação combinada de P16 e Ki 67 na referência de mulheres com citopatologia ASC-US ou LSIL para colposcopia” foi iniciado em outubro de 2019 e tem previsão para ser concluído em 24 meses. No momento o projeto encontra-se suspenso devido à pandemia do Covid-19 e assim que a situação for superada, o estudo será retomado visando a melhoria do serviço público.

Equipe Técnica

O projeto é coordenado pela pesquisadora Jucimária Dantas Galvão, atual diretora do Laboratório Central do Tocantins (LACEN-TO) da Secretaria de Estado da Saúde (SES/TO), e conta a participação do Professor Dr. Fábio Russomano, diretor do IFF/Fiocruz; Profº Dr. Marco Antônio Zonta, Pesquisador e Professor da UNIFESP; Profº Dr. Zilton Vasconcelos, Coordenador do Laboratório de Alta Complexidade do IFF/Fiocruz; MSc. Priscila Diniz, Enfermeira da SES-TO, médicos e graduandos em medicina. Todos com vínculos com instituições de ensino superior e/ou de pesquisa.

Apoio financeiro

O estudo é financiado pelo Governo Federal por meio do Programa Pesquisa para o SUS (PPSUS) que é uma iniciativa de fomento à pesquisa em saúde nos Estados. É coordenado pelo Ministério da Saúde, gerenciado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) que acompanha as etapas operacionais, avaliação e resultados das pesquisas. No Tocantins e executado pelo Governo estadual através da Fundação de Amparo à Pesquisa do Tocantins (FAPT).

“O papel da FAPT é de suma importância no gerenciamento dessas pesquisas, pois incentiva a comunidade científica a desenvolver trabalhos de interesse público que trazem benefício à sociedade. O papel do pesquisador tem grande relevância social, pois é ele que executa e elabora os relatórios técnicos científicos, resultados das pesquisas para subsidiar a tomada de decisão do gestor de saúde local, ” explica o presidente da Fundação, Márcio Silveira.

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