Estudantes de medicina da Universidade Federal do Tocantins (UFT) se mobilizam para arrecadar alimentos e doar a pacientes e acompanhantes no Hospital Geral de Palmas (HGP). No último fim de semana, um gerente da empresa Litucer, teria pedido para suspender o fornecimento de comida ao hospital. O caso está sendo investigado.
Segundo a promotora de justiça, Maria Rosey Peri, após a suspeita, pacientes e funcionários da Litucera, empresa responsável pela limpeza e fornecimento de comida nos hospitais do estado, foram ouvidos.
“Foi entendido pelos plantonistas que haveria uma situação de flagrante delito. Houve diligência dentro do HGP. Acompanhantes de pacientes da UTI foram ouvidos, funcionários da Litucera foram ouvidos e confirmaram que a ordem teria partido do gerente daquela empresa”, informou a promotora de justiça, Maria Rosely Peri.
O caso virou processo no Ministério Público do Tocantins e também está sendo investigado pela Polícia Civil na esfera criminal. “Uma vez que houve o entendimento que deixar de fornecer alimentação para os pacientes é um crime contra a humanidade, de exposição a riscos a integridade física e à vida, entre outros crimes”, afirmou a promotora.
Conforme relatos de pacientes e funcionários do hospital, o poder público tem falhado com frequência nesse serviço básico essencial. Por causa disso, os estudantes de medicina da UFT resolveram se mobilizar e ajudar de alguma forma.
Os futuros médicos estão arrecadando alimentos não perecíveis para o HGP. “Essa questão de faltar alimentos é muito corriqueiro. Então a gente tentou fazer a nossa parte. Como é o nosso ambiente de trabalho a gente resolveu tomar nossa atitude principalmente entre a gente e depois tomou proporção muito maior”, explicou a estudante Giovanna Pereira.
Sobre a alimentação, a Secretaria Estadual da Saúde informou que o serviço já foi restabelecido e que as Secretarias da Saúde e Fazenda estão cumprindo o pagamento acordado com a empresa.
O responsável pela Litucera não falou sobre o caso.