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Estudante de 22 anos é indiciada por atropelar e matar médico em Palmas

Ela dirigia o carro que atropelou Pedro Caldas no dia 12 de novembro, na marginal da TO-050, em Palmas. O médico morreu depois de ficar 35 dias em coma na UTI.

A estudante Iolanda Costa Fregonesi, de 22 anos, foi indiciada pela morte do médico Pedro Caldas. O resultado do inquérito foi divulgado nesta quarta-feira (3) pela Polícia Civil. Ela vai responder por homicídio qualificado, tentativa de homicídio qualificado, embriaguez ao volante e por dirigir sem habilitação.

Segundo o delegado Hudson Guimarães Leite, responsável pelo caso, o inquérito que será entregue para à Justiça sugere que Iolanda seja levada a júri popular.

“Encaminhamos para o poder judiciário e acreditamos que junto com o Ministério Público vão analisar as provas e perceber que há robustez nas provas e concordar com o pedido da Polícia Civil, que é de encaminhar a senhora Iolanda para o Tribunal do Júri e ela responder pelos crimes.”

Segundo o delegado, em 2016, Iolanda já havia atropelado um casal na avenida Tocantins, em Palmas. “Na ocasião ela agiu da mesma forma que no caso do Pedro Caldas. Estava alterada e se recusou a fazer o teste do bafômetro. As vítimas estavam em uma motocicleta e tiveram fratura exposta. Na época, elas decidiram não representar criminalmente.”

Conforme Leite, Iolanda nunca tirou carteira de habilitação. Ela iniciou para um processo em 2014, mas não concluiu.

Ainda de acordo com o delegado, o fato de Iolanda ter se recusado a realizar o teste do bafômetro, não atrapalhou a investigação. “Há nos autos um atestado de estado incapacidade psicomotora alterada, comprovado pelos agentes da ATTM, há testemunhas que comprovam que ela estava bêbada, exalando um cheiro muito forte de álcool.”

Após o acidente ela foi levada para a Central de Flagrantes da Polícia Civil, onde pagou fiança de R$ 3 mil e foi liberada para responder em liberdade.

G1 tentou contato com a família de Iolanda Fregonesi para comentar o resultado o inquérito, mas as ligações não foram atendidas.

Pedro Caldas morreu depois de ficar mais de um mês em coma após complicações no traumatismo craniano grave que sofreu. No dia do acidente, o ginecologista foi levado para o Hospital Geral de Palmas (HGP), onde passou por cirurgia e foi transferido para uma UTI particular.

Pedro Caldas era triatleta e foi atropelado no momento em que treinava para competições. Ele era natural do Rio de Janeiro, casado e deixa três filhos. Ele foi enterrado no cemitério Paz Universal, em Goiânia.

O acidente

Pedro Caldas e outro médico foram atropelados no dia 12 de novembro, na pista marginal da rodovia TO-050, perto do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado do Tocantins (Dertins). Segundo a Polícia Militar, o carro que atingiu os dois era conduzido por Iolanda Costa Fregonesi.

No dia do acidente, segundo a Polícia Militar, a jovem não apresentou carteira de habilitação e se negou a fazer o teste do bafômetro.

A Justiça chegou a bloquear os bens que a jovem suspeita do atropelamento tem a receber de herança para garantir o pagamento de futuras indenizações. Na decisão do bloqueio, o juiz Rodrigo da Silva Perez Araújo apontou que há provas suficientes de que a jovem cometeu infração. Por isso, determinou o bloqueio de bens no valor de até R$ 3 milhões.

Para-brisas de carro ficou destruído com impacto (Foto: Divulgação)

Para-brisas de carro ficou destruído com impacto (Foto: Divulgação)

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