Com o tema: “Educação como meio para mudar a prática da escravidão no trabalho contemporâneo”, a Escola Estadual São Miguel, localizada no município de São Miguel do Tocantins, realiza nesta quinta-feira, 23 de agosto, às 15h, no pátio da unidade de ensino, uma palestra em referência ao Projeto Escravo, nem pensar!, que está sendo desenvolvido durante toda esta semana.
A palestra será ministrada pelo professor Raimundo Leal, que abordará sobre o conceito e origem da escravidão; formas de escravidão nas sociedades antigas; escravidão como base da produção no Brasil; abolição e escravidão contemporânea, bem como alguns instrumentos de combate ao trabalho escravo.
Elvis Rodrigues de Almeida, da 2ª série do ensino médio, destacou que todo trabalhador deve ter condições mínimas para desenvolver suas atividades. “É preciso que o profissional tenha condições dignas, e que o empregador cumpra a legislação exigida, caso contrário pode-se configurar trabalho escravo”, disse.
A coordenadora pedagógica da escola, Maria Conceição Ribeiro Oliveira, responsável pelo desenvolvimento do projeto na unidade, destacou que o tema foi trabalhado em sala de aula. “Realizamos um trabalho pedagógico para ambientar os alunos sobre o assunto, envolvendo todas as disciplinas”, explicou.
Marlene Soares Silva, diretora da escola, evidenciou a importância da comunidade no desenvolvimento do projeto. “Por meio da educação, da escola e de toda a sociedade, podemos erradicar o trabalho escravo. Hoje, as estatísticas apontam que as pessoas que vivem condições análogas à escravidão não conseguem concluir as séries do ensino regular, o que aumenta a evasão”, concluiu.
Evento
A ação, que será aberta para o público em geral, visa mobilizar e informar a sociedade sobre o trabalho escravo contemporâneo, além de sensibilizar professores e alunos a desenvolverem atividades educativas voltadas para a prevenção do trabalho análogo à escravidão.
Além dos estudantes, foram convidados para participar da palestra pais dos alunos, representantes da Diretoria Regional de Educação (DRE) de Araguatins, da Promotoria de Justiça Regional, Secretaria Municipal de Educação, Saúde, Desenvolvimento Social, Conselho Tutelar, Associações Comunitárias, conselhos municipais, instituições religiosas e delegacia de polícia.
