Endividamento dos Palmenses se mantem estável em outubro

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Endividamento dos Palmenses se mantem estável em outubro

O cartão de crédito é o principal vilão quando falamos de dívidas dos Palmenses, por mais um mês. É o que aponta a pesquisa que mede o Endividamento e a Inadimplência dos consumidores de Palmas (PEIC) realizada mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) em parceria com a Fecomércio Tocantins. O índice geral cresceu 0,8%, comparado ao mês de setembro, onde 70,3% dos entrevistados disseram estar endividados.

Desse total, 11,3% disseram ter contas em atraso, ou seja, estão inadimplentes. 55,4% dos inadimplentes relataram que suas contas estão atrasadas em até 30 dias.

Apesar disso, quando questionados sobre o quanto se consideram endividados, a grande maioria (61%) acredita estar pouco endividada. Para o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, este dado está ligado a possibilidade de pagamento dessas dívidas. “O percentual de pessoas que dizem não ter condições de pagar suas dívidas no Tocantins é muito baixo, sendo praticamente nulo, por isso acreditamos que essa sensação de ter poucas dívidas impera. As pessoas sentem que não estão endividadas porque conseguem quitá-las com certa rapidez”, explica.

59,8% terão condições de quitar suas dívidas atrasadas no próximo mês, já 34,5% disseram que irão pagá-las totalmente.

Com relação as médias obtidas sobre as dívidas, 42,7% estão comprometidas com dívidas por mais de um ano, sendo a média de 7,9 meses. 69,9% comprometem de 11 a 50% de sua renda familiar com dívidas, ficando a média de 33,1%.

Dados nacionais

Diferentemente do Tocantins, os dados nacionais da pesquisa apontam queda no endividamento, interrompendo uma sequência de nove meses consecutivos de alta e registrando a primeira queda no ano. 64,7% do total de famílias relatou ter dívidas, contra 65,1% observados no mês anterior. Contudo, o percentual aumentou em relação a outubro de 2018, quando o índice foi de 60,7%. Houve aumento também em relação às famílias com dívidas ou contas em atraso (24,9% contra 24,5%) e às que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas atrasadas (10,1% ante 9,6%).

“Após um período de forte crescimento do crédito, os recursos extras advindos do FGTS e PIS/Pasep, somados à sazonalidade positiva no mercado de trabalho, favoreceram a redução do endividamento”, aponta o presidente da CNC, José Roberto Tadros.

Para Marianne Hanson, economista da CNC responsável pela pesquisa, o resultado indica uma desaceleração na demanda por empréstimos e financiamentos, após um período de forte crescimento: “O aumento dos indicadores de inadimplência reflete o maior comprometimento de renda das famílias com as dívidas”.

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