Por meio da pesquisa que mede o endividamento e a inadimplência dos consumidores de Palmas (PEIC), agosto registrou um índice geral de 68,2% no número de endividados e 12,1% dos endividados que estão com contas atrasadas, ou seja, inadimplentes. Comparando esses dados ao mês anterior, houve uma queda de 2,7% no total de endividados e um crescimento de 0,5% na inadimplência.
Apesar desse pequeno crescimento na inadimplência, 64,3% esperam conseguir quitar parcialmente suas dívidas em atraso no próximo mês e 33,2% totalmente. 57,3% dos consumidores entrevistados consideram-se pouco endividados.
De acordo com o presidente do Sistema Fecomércio Tocantins, Itelvino Pisoni, estes dados corroboram com a média nacional. “Palmas é uma capital que surpreende na questão do endividamento, pois está com o índice geral de endividamento acima da média nacional e quando comparado com as demais capitais, abaixo do porcentual de contas em atraso e que não terão condições de pagar, ou seja, se torna um cenário positivo para o comércio”.
Mas a assessora econômica da Fecomércio, Fabiane Cappellesso, alerta: “É preciso parcimônia com as dívidas e lembrar que uma pequena parte da renda familiar deve ser reservada para este fim, pois existem já os gastos fixos que devem ser mantidos mensalmente”. A pesquisa mostra que a média de comprometimento da renda familiar com dívidas está em 33,2%.
Com relação as demais médias, a PEIC mostra que a média de dias em atraso das dívidas é de 40,7 dias e o tempo médio de comprometimento das dívidas é de 8,2 meses. O ranking das principais dívidas continua sendo: cartão de crédito, seguido de financiamento de carro e carnês.
PEIC Nacional
Na pesquisa nacional, o percentual de famílias com dívidas alcançou 64,8% em agosto de 2019, o que representa uma alta em relação aos 64,1% de julho de 2019. Essa foi a oitava alta mensal consecutiva e o maior índice de endividamento desde julho de 2013. Também houve alta em comparação com os 60,7% de famílias endividadas em agosto de 2018.
Houve melhora, no entanto, no percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso, que diminuiu para 9,5% em agosto, ante 9,6% em julho e 9,8% em agosto de 2018. Para o presidente da CNC, José Roberto Tadros, mesmo com o aumento do endividamento e da inadimplência, as famílias brasileiras se mostraram mais otimistas em relação à sua capacidade de pagamento, pois diminuiu o percentual das que afirmam que “não terão condição de pagar” as contas. “A redução do comprometimento de renda na comparação mensal e a perspectiva de renda extra com os recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS/Pasep ajudam a explicar esse resultado”, afirma Tadros.