Estudantes foram trazidos em segurança ao Tocantins por uma escolta formada por nove policiais civis do Grupo de Operações Táticas Especiais (GOTE) e dois policiais militares.
“Agora vou poder me proteger perto da minha família”. A declaração, feita num misto de alívio e alegria, é de uma estudante de medicina, de 25 anos. Ela e outros 51 estudantes que estavam na Bolívia desembarcaram na manhã desta segunda-feira, 22, em Palmas. A volta deles para casa foi viabilizada por meio de solicitação de repatriação feita pelo governador Mauro Carlesse ao Ministério das Relações Exteriores brasileiro.
Outra estudante feliz com o retorno ao Brasil elogiou a ação do Governo do Tocantins. Segundo ela, o Governo do Estado deu total atenção aos estudantes dispondo segurança em relação à saúde e integridade física, por meio do apoio da Polícia. “Estávamos sem meios para voltar. O Governo fez todos os desdobramentos e conseguimos a repatriação. Voltamos para casa em segurança e tomando todos os cuidados necessários contra o coronavírus”, destacou.
A integridade física e os protocolos de segurança em saúde foram destacados por outro estudante. De acordo com ele, a condução da segurança seguiu qualidade de ponta e não há o que reclamar, pois foi impecável em todos os aspectos. “Não temos o que reclamar. A segurança estava impecável cumprindo com todos os protocolos a nós, a eles e a todos envolvidos. Eles ficaram alerta não só quanto a segurança física, mas também aos critérios de segurança da saúde com os equipamentos e normas de prevenção”, ressaltou o jovem.
Um ônibus, dois micro-ônibus e uma camioneta com 11 policiais das Forças de Segurança Pública do Estado (nove civis do Grupo de Operações Táticas Especiais- GOTE e dois militares) se deslocaram de Palmas no sábado, dia 18, para buscar os 52 tocantinenses que estavam na Bolívia e trazê-los em segurança para o Tocantins. Entre os estudantes repatriados, haviam duas crianças (uma lactante e outra de um ano de idade); um casal de idosos e duas gestantes.
A caravana chegou em Palmas por volta das 10 horas e todos foram levados para o Hospital Geral de Palmas, onde a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) organizou a testagem de todos, incluindo os membros civis e militares que se deslocaram de Palmas até à Bolívia. Felizmente, todos testaram negativo para a Covid-19, mas ficarão em quarentena de 14 dias conforme recomenda pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
No Brasil, mais exatamente no município de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, na Divisa com a Bolívia, os repatriados passaram por todos os procedimentos migratórios e sanitários para só, então, entrarem no território brasileiro. Eles foram recebidos por uma equipe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Exército Brasileiro e Corpo de Bombeiros. Todos foram submetidos aos procedimentos sanitários padrão. Além disso, passaram pelo Departamento de Polícia Federal. Em seguida, foram encaminhados para as equipes de apoio dos seus respectivos estados.
Sucesso
De acordo com o chefe da missão, delegado da Polícia Civil Rildo Barreira, a missão foi longa, mas a compreensão dos estudantes com todas as recomendações repassadas por nós fez com que a operação fosse um sucesso. Para o delegado, o Estado mais uma vez demonstrou sua preocupação e cuidado com os tocantinenses. Rildo Barreira destaca que a operação foi cuidadosamente planejada pelo Governo do Estado, via Casa Militar e Secretaria da Segurança Pública, e que a todo momento a preocupação de trazer os tocantinenses de volta e em segurança. “Graças à integração de todos e das forças de segurança, cumprimos a missão com sucesso”, finalizou o Delegado.