Caso teve muita repercussão na época, uma vez que a vítima tinha problemas psiquiátricos e era muita querida por amigos, comunidade e familiares
Um homem de 58 anos, investigado por ser o principal suspeito de assassinar seu próprio genro, no mês de março de 2019, em Araguatins, foi preso pela Polícia Civil (PC-TO), por meio de ação realizada pela 10ª Delegacia de Polícia Civil Araguatins, com apoio de agentes da 12ª Delegacia de Augustinópolis, na tarde desta quarta-feira, 17, em Araguatins.
De acordo com o delegado Eduardo Morais Artiaga, após intenso trabalho investigativo, apurou-se que o suspeito estava na zona rural de Augustinópolis, em uma fazenda próxima ao Povoado Camarão, quando então, a equipe da PC se deslocou até o referido ponto e deu cumprimento ao mandado de prisão expedido pela Vara Criminal da Comarca de Araguatins.
O crime causou grande comoção na população local e chamou atenção pela barbaridade e frieza com que foi praticado, pois o autor, após ceifar a vida da vítima, a decapitou e colocou tronco e crânio em locais distintos, tanto que as partes foram encontradas em datas diversas. Por já estarem irreconhecíveis, foi necessária a realização de exames de DNA a fim de confirmar a identidade da vítima.
Investigações
Segundo apontaram as investigações da Polícia Civil, a vítima, que tinha problemas psiquiátricos, mantinha um relacionamento amoroso com uma das filhas do principal suspeito pelo crime. Porém, o homem não aceitava o fato, uma vez que tinha muito ciúmes de suas filhas. Desse modo, no dia 22 de março de 2019, a vítima foi até a fazenda onde sua namorada morava com o pai e seus familiares para visitá-la. Ocorre que, a partir dessa data, o homem não foi mais visto.
Ao ser ouvido na época dos fatos, o sogro da vítima afirmou que seu genro tinha estado na fazenda, mas que no meio da noite teria ido ao banheiro e desaparecido. O homem ao perceber que a vítima não retornava, foi até o povoado a fim de avisar aos familiares, que de imediato começaram as buscas, mas não encontraram Francisco Gomes da Silva, que era conhecido como Chiquinho.
Porém as investigações da PC-TO apontaram que o sogro teria matado Francisco por não aceitar o relacionamento dele com sua filha. A vítima teria sido morta e esquartejada, sendo enterrada em uma cova, às margens do Rio Araguaia, no povoado Santa Luzia.
Corpo encontrado
Após intensas buscas, no dia 27 de março, apenas quatro dias após o desaparecimento de Chiquinho, pescadores encontraram um corpo enterrado, o qual estava sem a cabeça, braços, pés e também teve sua genitália arrancada cirurgicamente. Submetido a exame de DNA, ficou constatado que se tratava do corpo de Francisco.
Desse modo, com a conclusão do inquérito policial, o sogro da vítima, que já tinha ficado preso por ocasião do crime, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. Assim, a autoridade policial representou pela prisão preventiva do homem que foi encontrado e preso nesta quarta-feira, 17.
Após a realização das providências legais cabíveis, o homem foi recolhido à Cadeia Pública de Araguatins, onde permanecerá à disposição do Poder Judiciário.