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Educadores falam de sua rotina de atividades e do amor pela profissão

Três personagens contam suas histórias: Marluce, orientadora educacional; Maristélia, técnica da Seduc; e a professora Elizabeth Stefanello, que faz a diferença na sala de aula

O que a orientadora educacional Marluce de Camargos Moreira aprendeu, ao longo dos anos de trabalho em escolas, foi aperfeiçoar o diálogo com os adolescentes. “Não me vejo fazendo outra coisa, me encontrei nessa atividade de interagir com alunos, professores e com a comunidade escolar. Sinto-me feliz e realizada. E a grande lição que aprendi, ouvindo alunos, foi que temos uma vida maravilhosa, que nem sempre valorizamos”.

Marluce nasceu em Sete Lagoas, Minas Gerais, e tem licenciatura em Matemática e em Pedagogia. Atualmente, faz um mestrado em orientação educacional e psicanálise. Ela veio para o Tocantins prestar concurso público em 2002, aprovada, foi trabalhar na cidade de Combinado, onde atuou como professora, coordenadora pedagógica e, depois, descobriu a sua vocação na orientação educacional.

Há 13 anos na orientação educacional, Marluce viveu muitas experiências positivas e negativas. “Nesse trabalho percebi que as pessoas são carentes de atenção, que precisam de espaços para se expressarem, para serem ouvidas. E não é somente os alunos, os pais nos procuram para relatarem momentos de desafios que enfrentam no seu cotidiano”, contou.

Na vida, Marluce enfrentou vários desafios, um deles, casou-se muito jovem, aos 12 anos, teve três filhas, as quais educou sozinha. “Nunca participei de um baile, nem o da minha formatura, porque estava cumprindo o papel de mãe. Mesmo jovem, sempre fui responsável”, frisou. Atualmente, as três filhas já têm graduação e vida independente. Uma delas é psicóloga, uma companheira que Marluce sempre busca quando precisa orientar algum aluno.

“Percebemos que os maiores desafios na vida dos jovens são as famílias desestruturadas, os filhos sentem a falta de apoio. Alguns pais colocam essa responsabilidade da educação dos filhos na escola, mas a escola tem funções diferentes do papel da família na questão da educação familiar”, frisou Marluce.

Marluce tem uma dedicação especial ao que faz, acredita na educação como fator de transformação social e no diálogo para aproximar os alunos e a família da escola. “Marluce é companheira de todos os alunos, ela consegue compreendê-los e ajudá-los a serem melhores”, explicou a diretora da Escola Estadual Novo Horizonte, Marisa Aparecida Alves.

Amor à educação

A educadora Maristélia Alves chama a atenção por sua dedicação ao trabalho. Na educação, há 30 anos, Maristélia, nas ocasiões em que ocupou cargos como coordenadora do ensino médio, sempre fez questão de visitar as escolas para saber in loco como está acontecendo o processo de ensino e de aprendizagem e os desafios pelos quais as escolas passavam. Atualmente, Maristélia é coordenadora estadual do programa Escola Jovem em Ação da Secretaria de Estado da Educação, Juventude e Esportes.

Nas reuniões organizadas por Maristélia, as salas passaram a ser temáticas, conforme o assunto a ser discutido. Muitas vezes, ela trouxe de sua casa objetos de ornamentação que adquiriu ao longo da vida, durante as viagens que realizou. E, com esses objetos, ela enfeita a sala de reuniões de tal forma que o ambiente fica aconchegante e belo e, com isso, a reunião fica mais produtiva.

No decorrer da experiência profissional, um dos primeiros desafios de Maristélia foi administrar a Escola Caic, que na época enfrentava vários problemas com a comunidade. Maristélia ficou lá por 12 anos e conseguiu transformar uma escola considerada violenta e de baixo rendimento numa das seis melhores unidades escolares do país, no Prêmio Gestão Escolar.

Com tanto tempo na educação, Maristélia nunca perdeu o brilho no olhar quando fala no potencial da educação para a transformação da sociedade. “Tenho uma relação de amor com a educação, de acreditar que a educação é o caminho para despertar nas crianças e jovens diversas competências. A educação é tudo, faz movimentar a vida e os sonhos. É um poder transformador tremendo, que, muitas vezes, os professores nem percebem, o poder de construir uma sociedade diferente, com valores, com saberes que valorizem o ser humano”, ressaltou.

Maristélia trabalha com as escolas que aderiram ao programa Escola Jovem em Ação, um projeto de ensino centrado na formação do projeto de vida dos alunos. Para ela, esse novo olhar pedagógico para o jovem, apenas valida, o que ela já realizava na Escola Caic.

A educadora Maristélia nasceu em Porto Nacional e é fonte de inspiração para muitos servidores da Educação e professores, que passaram a exercer suas funções com mais alegria e compromisso.

Competência na sala de aula

Na sala de aula, a professora Elisabete Stefanello Fernandes, de língua portuguesa, utiliza a criatividade para fazer a diferença na sala de aula. Ela leciona no Centro de Ensino Médio Bom Jesus, em Gurupi, e o sucesso no ensino ela atribui ao que ela chama de pedagogia do afeto, da presença e da proximidade, isto é, uma pedagogia que olha para o aluno com transparência, desarmada de preconceitos e que aplica metodologias pedagógicas que auxiliam no desenvolvimento de diferentes capacidades.

Tendo como lema, a frase do físico Albert Einstein: “Temos que fazer o melhor que podemos. Essa é a nossa sagrada responsabilidade humana”, a professora Elisabete atua há 30 anos na educação, exerce suas atividades com uma desenvoltura, promovendo um alto índice de aprovação e o aumento do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb).

Ela nasceu no Rio Grande do Sul, reside em Gurupi há 30 anos, veio para o Tocantins em 2009, na ocasião, aprovada em concurso público. “Vim no nascimento do Estado para renascer enquanto profissional. E, aqui, encontrei espaços para desenvolver meu trabalho. Acredito que o ensino de idiomas seja uma forma de libertação e independência para qualquer tipo de amarra”, comentou.

Indagada sobre a profissão, Elisabete disse que é extremamente feliz com o que faz. “A sala de aula é o melhor lugar do mundo. Esses dias um aluno me perguntou se eu não me canso. Respondi que sim, fora da sala de aula”, frisou.

Sobre emoções, Elisabete explicou que, no decorrer da vida profissional, o que mais lhe chamou a atenção foram os alunos que foram aprovados nos cursos universitários mais concorridos.

“A professora Elisabete tem uma postura que faz com que os alunos a respeitem e se envolvam com as atividades propostas em sala de aula. Ela tem um conhecimento profundo em língua portuguesa e uma metodologia de ensino que desperta o interesse dos alunos pelos estudos”, explicou a professora Leda Maria Tomazi Fagundes.

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