Será distribuído nas 26 unidades escolares da rede municipal de ensino de Gurupi um tipo de guia para o educador inclusivo, contendo orientações sobre organização e funcionamento no Atendimento Educacional Especializado (AEE) da Secretaria Municipal da Educação de Gurupi (SEMEG). Além do manual, outra novidade para este ano letivo é a presença de um supervisor pedagógico que vai acompanhar, orientar e avaliar o trabalho realizado pelos professores das salas de atendimento multifuncionais.
Segundo a psicóloga Graziella Ponce o manual é um documento norteador, traz informações importantes sobre o público alvo do AEE, e reforça os direitos do aluno, seja esse aquele com algum tipo de deficiência, público alvo do AEE, ou que possua dificuldade na aprendizagem necessitando de um apoio maior por parte do professor da sala regular. “Na dificuldade de aprendizagem o aluno tem como característica um baixo desempenho escolar, é transitório e associado a fatores secundários psicológicos, pedagógicos ou algum problema de saúde que dificultam o processo de aprendizagem”, diz.
O Manual deve sanar dúvidas sobre os papéis a serem desenvolvidos por alguns profissionais, carga horária de atendimento na Sala de Recursos Multifuncionais, formas de avaliar os alunos com deficiências ou transtornos, como explica a coordenadora da equipe multidisciplinar do AEE da SEMEG, Simone Lins. “No manual constam informações acerca do dia-dia do AEE, datas importantes do calendário inclusivo que a unidade escolar poderá inserir no Projeto Político Pedagógico e para desenvolver ações para falar acerca da importância da inclusão de pessoas com deficiências e transtornos para assim, possibilitar a equidade e favorecer o respeito às individualidades de cada pessoa enquanto indivíduo”, ressalta.
Supervisão
A SEMEG conta com 14 professores que trabalham com educação inclusiva em 16 escolas da rede municipal de ensino. A partir de 2022, estes terão supervisão pedagógica específica no atendimento multifuncional que será feito pela Neuropsicopedagoga, Emiliane Martins que é pós-graduada em supervisão, coordenação, orientação Educacional com ênfase em gestão escolar. “Visamos um trabalho efetivo para maior compreensão das causas do baixo desempenho do ensino e da aprendizagem dos alunos com dificuldades específicas, utilizando-se de estratégias para intervenções imediatas, garantindo melhora no nível de aprendizagem desses a alunos com deficiências”, explica Emiliane.
Além dessas novas estratégias, a supervisora da orientação educacional e coordenação de educação especial da SEMEG, Ana Lúcia de Asevedo, defende um contato mais próximo com a família desses alunos e diálogo para maior clareza e eficiência no processo ensino-aprendizagem. “Para isso, é importante a busca por informações pertinentes à situação do aluno em outros espaços fora o da escola, podendo apresentar subsídios para as intervenções e encaminhamentos que se fizerem necessários”, conclui.