Neuropedagoga e Neuropsicopedagoga do Instituto Crescer enfatiza a necessidade de suporte e compreensão para pessoas no espectro autista.
O Dia 2 de abril marca o Dia Mundial da Conscientização do Autismo, uma data estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 para promover a divulgação de conhecimento sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e desmistificar preconceitos. O autismo, um distúrbio neurológico que afeta a capacidade de comunicação e interação social, tem sido objeto de crescente atenção e compreensão ao longo dos anos.
Edna Márcia Teles, Neuropedagoga e Neuropsicopedagoga Clínica do Instituto Crescer, compartilhou conosco insights valiosos sobre a condição. Segundo ela, “o autismo, sendo um transtorno do neurodesenvolvimento, manifesta-se de formas variadas, que podem incluir, em alguns casos, dificuldades na comunicação e na interação social. É fundamental que as famílias tenham acesso a uma rede de profissionais dedicados a fornecer não apenas suporte emocional, mas também intervenções eficazes para a pessoa autista.”
José Victor Póvoa, um estudante e membro da comunidade autista, ressalta as adversidades enfrentadas por pessoas no espectro no ambiente profissional. Ele afirma: “No mercado de trabalho, nós, autistas, enfrentamos desafios significativos, seja pela inadequação do ambiente de trabalho ou pelas condições oferecidas que também não atendem às nossas necessidades. Durante o mês de conscientização sobre o autismo, nosso apelo é por condições de trabalho que sejam verdadeiramente favoráveis e inclusivas para nós.”
Aumento nos diagnósticos de TEA nas últimas duas décadas aponta para uma maior conscientização e capacidade diagnóstica, em vez de uma “epidemia de autismo”, como sugerem algumas manchetes sensacionalistas. Este crescimento reflete um avanço significativo no entendimento e na aceitação do autismo como parte da diversidade humana, e não como uma doença.
Um aspecto vital da conscientização sobre o autismo é ouvir e entender as pessoas no espectro. Recentemente, a comunidade autista propôs um novo símbolo para representar o TEA: o infinito em um espectro de cores, substituindo o antigo símbolo do quebra-cabeça, que carregava conotações negativas e limitativas.
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O TEA se manifesta de maneiras diversas, e cada indivíduo no espectro é único. As intervenções e o apoio precisam ser personalizados para atender às necessidades específicas de cada pessoa. Desde a identificação precoce até o acompanhamento contínuo, é crucial que as crianças diagnosticadas com autismo recebam os estímulos necessários para alcançar seu potencial máximo.
A conscientização e o conhecimento sobre o autismo são essenciais para combater o estigma e promover uma sociedade mais inclusiva e compreensiva. Através de profissionais dedicados e Instituições sérias é possível avançar na direção certa, reconhecendo a importância do apoio especializado e da compreensão ampla do espectro autista.
O Dia Mundial da Conscientização do Autismo nos lembra da importância de continuar promovendo o entendimento e o apoio para as pessoas no espectro autista, garantindo que cada voz seja ouvida e valorizada em nossa sociedade.