O Hospital e Maternidade Dona Regina é uma unidade de alta complexidade, referência para todo o Estado, principalmente no atendimento a urgências/emergências gineco-obstétricas, de neonatologia e gestação de alto risco. É o único hospital público do Tocantins que possui Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal, sendo também referência para pacientes cirúrgicos. Além disso, a maternidade, que conta com 25 especialidades médicas e diversificada equipe multiprofissional, oferece testes a recém-nascidos, como o teste do pezinho, da orelhinha, da linguinha, do olhinho. Todos feitos durante o período de pós-parto, em que mãe e bebê estão internados.
O hospital conta com moderno aparelho para realização da Triagem Auditiva Neonatal Universa (TANU), popularmente conhecido como teste da orelhinha. Conforme a fonoaudióloga do Dona Regina, Érica Fonseca, o exame testa a atividade da cóclea, parte do ouvido cujo mau funcionamento é a causa mais comum de deficiências auditivas. O exame consiste na emissão de ondas sonoras de diferentes frequências com medição da resposta da cóclea a esses estímulos.
“Avaliamos se o órgão responsável pela audição esta funcionando, se estiver normal o bebê recebe alta e se der alteração ele retorna para acompanhamento. O aparelho emite barulhinhos que tem frequências e a avaliação é para que o bebê não tenha problema no desenvolvimento da fala”, explicou a fonoaudióloga.
Ainda segundo Érica, a realização do exame também é importante para que sejam detectadas deficiências auditivas de forma precoce, o que facilita um tratamento específico e eficiente.
Teste da linguinha
Durante a avaliação, o fonoaudiólogo verifica manualmente a posição e comprimento do frênulo lingual do recém-nascido. “Através deste teste verificarmos a inserção do frênulo lingual do bebê, que deve estar posicionado corretamente para não comprometer a amamentação. Quando o frênulo é muito curto atrapalha o bebê não consegue mamar direito, o peito da mãe dói, faz fissura e causa o desmame precoce”, esclarece Luciana Soares.
A coordenadora ainda explica que caso o problema seja detectado o bebê passa por nova avaliação com profissionais da Odontologia para avaliar se o frênulo pode ser cortado. “Se puder, é feito um pique simples com anestesia local e após 45 minutos o bebê já volta para o peito, a melhora é percebida logo em seguida”, destaca.
Teste do pezinho
Segundo a técnica em enfermagem da Maternidade Dona Regina, Luciana Miranda, através do exame podem ser detectadas doenças que poderão causar alterações no desenvolvimento neuropsicomotor do bebê, como a fenilcetonúria (doença que pode provocar danos neurológicos irreversíveis e rebaixamento intelectual), hipotireoidismo congênito (leva ao mau funcionamento da glândula tireóide, responsável pela produção de hormônios essenciais ao sistema nervoso) e hemoglobinopatias (doenças hereditárias que afetam o sangue, como a anemia falciforme e a talassemia).
Teste do olhinho
Internada na unidade depois de ter dado à luz, Maria da Conceição Paiva disse que fica aliviada ao saber que seu bebê vai poder passar por todas essas avaliações. “É um alívio porque esses exames podem evitar muitas coisas”, disse.
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