Depois de uma incansável luta abraçada pelos estados do Mato Grosso e do Tocantins, a que tudo indica, as obras de construção da BR-242, TO-500, também conhecida como a Transbananal, finalmente sairá do papel e passará a se concretizar com o início das obras previsto para até fevereiro de 2020.
Foi o que afirmou nesta semana o engenheiro José Rubens Mazzaro, um dos grandes entusiastas por essa estrada que ele tenta viabilizar, vez que vai mudar a logística da região Centro-Norte do País.
Mazzaro destaca que a Transbananal é uma obra muito importante para o sul do Tocantins, para todo o Estado, Mato Grosso e para o Brasil porque vai permitir uma intermodalidade com a Ferrovia Norte-Sul, encurtando distâncias e propiciando o barateamento do frete da produção agrícola.
O escoamento da produção agrícola de Mato Grosso e do Tocantins se dá por meio do porto de Santos (SP) e de Paranaguá (PR), contrariando o fluxo da exportação, que é sempre para o Norte. Os navios, do litoral de Paraná e de São Paulo, sobem toda a costa brasileira em direção à Europa, Estados Unidos e ao Porto do Panamá, rumo à Ásia.
Com a construção do trecho de 90 quilômetros previstos na travessia pela Ilha do Bananal, toda a produção do Tocantins do Mato Grosso chegará à Ferrovia Norte-Sul em mais 300 km, de onde seguirá para o Porto do Itaqui (MA). Conforme o engenheiro, a economia de trajeto para entregar a carga para exportação será de 4 mil km. Além disso, o tempo de percurso cairá dos atuais oito dias.
Segundo Rubens Mazzaro, 95% dos indígenas estão apoiando a construção da travessia Transbananal que mesmo tendo toda uma preocupação ambiental, também beneficiará muito a comunidade indígena. E que a empresa que vencer a licitação, será responsável pela manutenção da estrada e que as aldeias e comunidades indígenas ficarão com parte do pedágio arrecadado diariamente.
Mazzaro que é o coordenador de Projetos e Fiscalização das Obras de Manutenção da TO-500, nomeado em agosto pelo governador Mauro Carlesse (DEM), explica que para a Transbananal se tornar realidade, falta apenas a documentação da União autorizando o Estado iniciar as obras. Bastante confiante, Mazzaro espera que tudo esteja pronto até o final do corrente mês, para que possa estar iniciando as negociações entre o governo do Tocantins e comunidade indígena para que até fevereiro seja iniciado o processo de licitação.
Ouça o que diz Mazzaro: