Dia Mundial de Doadores de Medula Óssea será comemorado neste sábado

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Dia Mundial de Doadores de Medula Óssea será comemorado neste sábado

Estatísticas apontam que a chance de achar um doador não parental de medula óssea chega a ser de um para cada 100 mil no Brasil, por isso o tempo entre cadastramento e doação pode durar anos. 

O Dia Mundial do Doador de Medula Óssea é celebrado no terceiro sábado de setembro, que este ano será dia 21, com objetivo de conscientizar sobre a importância de ser um doador voluntário de medula. No Tocantins, 47.221 pessoas são cadastradas no Banco de Registro de Doadores de Medula Óssea – REDOME, e sete doadores do Estado já chegaram até a fase final.

No Brasil, cerca de 850 pacientes estão em busca de um doador compatível de Medula Óssea não parental no (Redome). No Tocantins são 83 pacientes, que constam no Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea (Rereme), esse é o quantitativo total de quem já precisou ou ainda está com cadastro ativo.

O construtor de curral, Régeis Gonzaga de Oliveira, 43, foi o primeiro doador de medula não-parental do Tocantins a passar por essa experiência. Ele conta que na época já era cadastrado há quatro anos no Redome. “Em junho de 2015 fui contactado para tratar da disponibilidade de fazer a doação, e em 16 de junho de 2016, tive a chance de ajudar alguém a continuar vivendo. Cinco dias foram suficientes para que eu fosse até a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), realizasse o procedimento e voltasse. Tudo sem problemas e custeado pelo Ministério da Saúde”, relatou Régeis.

A assistente social Roberia Fernandes, responsável pelo setor de captação do Hemocentro, explica que o Tocantins embasa-se na Portaria MS nº 2132, de 2013, que diz que o Estado precisa de um quantitativo de 4.847 cadastros por ano, a fim de garantir a meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. “Essa meta tem o objetivo de aumentar as chances de quem precisa de um transplante de medula óssea, para isso nós realizarmos o cadastro diário por meio da demanda espontânea em nossas Unidades do Hemocentro e promovemos campanhas em parceria com igrejas, empresas, faculdades, instituição de iniciativa pública e privadas e ONG´s.”

Como doar?

Há alguns critérios definidos pelo Ministério da Saúde para o processo de doação de medula óssea, como por exemplo, ter entre 18 e 55 anos de idade, estar em bom estado de saúde, preencher uma ficha com informações pessoais, e coletar uma amostra de sangue com cinco ml para testes de compatibilidade. Sendo que a ficha com as informações pessoais são inseridas em um banco de dados, o qual ficará ativo, até os 57 anos de idade. Após o cadastro, o doador deverá manter seu cadastro atualizado, através do endereço: http://redome.inca.gov.br/doador/como-atualizar-os-dados/, pois, no caso de haver um paciente compatível, será preciso encontrá-lo o mais rápido possível.

O que é?

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso que ocupa as cavidades dos ossos. E é exatamente na medula óssea que são produzidos os componentes do nosso sangue como: leucócitos (glóbulos brancos), as hemácias (glóbulos vermelhos) e as plaquetas.

Quem precisa?

Beneficiam-se com transplante de medula óssea, pessoas em tratamento de doenças relacionadas com a fabricação de células do sangue e com deficiências no sistema imunológico. As principais doenças são leucemias originárias das células da medula óssea, linfomas, doenças originadas do sistema imune em geral, dos gânglios e do baço, e anemias graves (adquiridas ou congênitas), dentre outras.

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