Desfile cívico-militar e apoio ao presidente Jair Bolsonaro marcam comemoração do Bicentenário da Independência, em Brasília

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Desfile cívico-militar e apoio ao presidente Jair Bolsonaro marcam comemoração do Bicentenário da Independência, em Brasília

PM-DF não informou número de pessoas que foram ao evento na Esplanada dos Ministérios. Caravanas de todas as regiões do país marcaram presença

Brasileiros foram às ruas nesta quarta-feira, 7 de setembro, para celebrar os 200 anos da Independência do país. Em Brasília, o Bicentenário foi festejado com o tradicional desfile cívico-militar, e contou com a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro. Há menos de um mês do primeiro turno das eleições presidenciais, o chefe do Executivo recebeu apoio da maior parte do público que encheu as arquibancadas e as margens da Esplanada dos Ministérios.

Depois do desfile, o presidente discursou para os apoiadores em um carro de som. Em sua fala, Bolsonaro disse que é dever de todos “jogarem dentro das quatro linhas da Constituição” e destacou a recuperação da economia do país após a pandemia.

“Quando parecia que tudo estaria perdido para o mundo, eis que o Brasil ressurge com uma economia pujante, com uma gasolina das mais baratas do mundo, com um dos programas sociais mais abrangentes do mundo, que é o Auxílio Brasil, com recorde na criação de empregos, com a inflação despencando e com um povo maravilhoso entendendo aonde o seu país poderá chegar”. 

A Polícia Militar do Distrito Federal (PM-DF) disse que não informaria o número de pessoas que participaram do evento. Apesar da incerteza sobre o tamanho da multidão, é certo que vieram a capital federal brasileiros de todos os cantos do país.

A produtora rural Maria Augusta saiu de Altamira, no estado do Pará, e viajou 36 horas até Brasília para ver as comemorações do 7 de setembro e apoiar a reeleição de Bolsonaro. “Viemos dedicar um pouquinho da nossa vida para que o Brasil tome um rumo diferente. Estamos pensando nos nossos filhos, netos e a gente quer que essa mudança da última gestão continue”, defendeu.

Foto: Paulo Cabral/Brasil 61

Um pouco mais ao sul, mas ainda da região Norte, veio Leidiane Amaro. Moradora do município de Ariquemes (RO), ela chegou a Brasília na manhã desta quarta após quatro horas de viagem, não dormiu, e já foi direto para a Esplanada.

“Estou com o pé doendo, com sono, mas valeu muito a pena. Foi muito emocionante. É um momento único, que deve ser lembrado todo ano, que não pode morrer. É o momento em que a gente gritou o grito da Independência. Queremos que o nosso Brasil continue crescendo, evoluindo, para a gente chegar em um padrão de primeiro mundo”, afirmou.

O casal William e Simone acompanhou uma caravana de quatro ônibus que deixou Imperatriz, no Maranhão, ainda às 8h da última terça-feira (6), rumo a Brasília. Segundo o maranhense, a ida foi motivada pelo cenário de vésperas das eleições.

“Entendemos que o 7 de setembro é uma data divisora de águas e que a gente tem que dar o apoio a um dos melhores presidentes que já tivemos. Ele está fazendo reformas estruturantes, que desde que o Brasil se tornou República não tivemos notícia, como ajuste das contas públicas e investimentos em infraestrutura”, avaliou.

Foto: Paulo Cabral/Brasil 61

Já o agricultor José Simões veio de Ubaitaba, no sul da Bahia, com outras 40 pessoas. O objetivo, segundo ele, era demonstrar respaldo ao governo atual para continuar as mudanças no campo. “Eu digo para todos: uma pauta para mim já valeria a pena: a paz no campo, que antes não existia. A não-paz, o incentivo, inclusive a invasões traz uma insegurança jurídica muito grande. Quem vai investir nesse cenário?”, perguntou.

Houve quem fosse ao desfile apenas para curtir o espetáculo de cores no céu proporcionado pela esquadrilha da fumaça e o cortejo cívico-militar. É o caso do professor Fabiano Oliveira, morador de Brasília. “Viemos acompanhar o desfile. Claro, acho que a maioria já está politizada. O povo está manifestando uma vontade legítima. As pessoas estão com mais consciência com relação a patriotismo, civilidade e convivência”, acredita.

Foto: Paulo Cabral/Brasil 61

Desfile

O desfile cívico-militar durou cerca de duas horas. Além dos veículos imponentes das Forças Armadas, como os tanques de guerra que cruzaram a Esplanada dos Ministérios, e os caças que rasgaram o céu de Brasília, uma novidade chamou a atenção de quem estava nas arquibancadas: o desfile de tratores usados no agronegócio brasileiro.

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. A exibição das máquinas do agro foi festejada pelo público e arrancou o sorriso de produtores rurais, que foram em peso ao evento do 7 de setembro. Entre os apoiadores do presidente Bolsonaro também havia críticas à atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial ao ministro Alexandre de Moraes.

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