Deputado tocantinense relembra articulação em 2023 que impediu a aprovação de proposta que poderia restringir a livre manifestação da fé no Brasil.
O deputado federal Eli Borges (PL-TO) voltou a ser destaque na imprensa nacional ao ter sua atuação reconhecida pela Agência Pública, em reportagem publicada nesta terça-feira, 9. O parlamentar, que liderava a Frente Parlamentar Evangélica em 2023, foi apontado como peça central na mobilização contra o Projeto de Lei 2630, conhecido como “PL das Fake News”, considerado uma ameaça às liberdades de expressão e, principalmente, à manifestação religiosa.
Riscos apontados
Embora o projeto tivesse como objetivo declarado regulamentar a circulação de informações nas redes sociais, críticos alertavam para o risco de censura a conteúdos religiosos. Eli Borges explicou, em entrevista à reportagem, que a própria Bíblia poderia ser alvo de restrições. “Você tinha vários textos da Bíblia que seriam censurados. E as plataformas, no esforço de não ter problema, porque as multas eram milionárias, iriam optar por retirar. E nós teríamos, portanto, um comprometimento da totalidade da exposição da Bíblia”, destacou.
Mobilização religiosa e política
Diante do risco, Borges assumiu a linha de frente da articulação. “Eu mobilizei todo o segmento religioso no Brasil para interferir aqui na Câmara, porque nós não podíamos ter essa matéria aprovada. (…) Fiz o meu dever de casa. Nós falamos com todos os deputados e todos receberam ligações, porque quando chegam as eleições eles buscam líderes religiosos e querem o voto”, afirmou.
A força da bancada evangélica
A atuação do deputado foi decisiva para unir a bancada evangélica em torno da pauta. Reuniões, diálogos e articulações marcaram o período de intensa negociação. Para Borges, o resultado foi fruto de uma ação conduzida com fé e responsabilidade. “Deus me usou mais uma vez em Brasília. Conseguimos reunir a Frente, dialogar com líderes e defender o que é essencial: a liberdade religiosa de milhões de brasileiros”, disse.
Vitória em 2023
A mobilização culminou na paralisação da votação em 2 de maio de 2023, freando os pontos considerados nocivos à liberdade democrática e religiosa. Para o deputado, essa vitória representou não apenas a proteção da fé cristã, mas também a garantia de que todos os cidadãos possam expressar suas crenças livremente, sem risco de censura.
Compromisso contínuo
Eli Borges reforçou ainda que a luta em defesa da liberdade de expressão e da fé continua. Ele destacou que, junto à Frente Parlamentar Evangélica, segue atento a projetos em tramitação, especialmente aqueles ligados à educação e ao Plano Nacional de Educação (PNE), com o compromisso de assegurar respeito à diversidade de crenças e fortalecimento de políticas públicas voltadas à família e à fé.