Presidente da Frente Parlamentar Evangélica expressa preocupações sobre a pauta do STF
Durante um discurso proferido nesta terça-feira, dia 23 de maio, no Plenário da Câmara dos deputados, o deputado federal e presidente da Frente Parlamentar Evangélica (FPE), Eli Borges (PL-TO), expressou forte preocupação em relação à pretensão do Supremo Tribunal Federal de colocar em pauta um projeto que visa à descriminalização do uso de drogas no Brasil.
O discurso do deputado Eli Borges chamou atenção pela sua contundência ao abordar o tema. Ele argumentou que a experiência de países como o Uruguai, onde a descriminalização foi implementada, não obteve sucesso. Além disso, o deputado ressaltou que a não criminalização das drogas não resolveria o problema do tráfico, citando exemplos como o uso do cigarro e das bebidas alcoólicas.
Entre suas preocupações, Eli Borges destacou a utilização de casos de crianças com epilepsia refratária como argumento a favor da descriminalização. Segundo o deputado, esse assunto deve ser tratado em consultório médico, com a regulamentação adequada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele afirmou ainda que, caso o país necessite de substâncias específicas, estas podem ser importadas sem a necessidade de abrir precedentes para o plantio de maconha no Brasil.
O deputado Eli Borges enfatizou que mais de 80% da população é conservadora e não tem necessidade da liberação das drogas. Ele mencionou o Projeto de Lei PR 399, que aborda o combate ao tráfico de drogas, e destacou expressões contidas no projeto, como transporte e associação, como indicadores de que esse tema deve ser tratado com seriedade.
O parlamentar argumentou que a discussão sobre a regulamentação da cannabis no Brasil parece ser algo sério, mas ressaltou que não é. Ele expressou sua esperança de que o Supremo Tribunal Federal seja capaz de compreender a realidade do país e compreenda que a liberação das drogas não é uma solução viável, principalmente por questões de segurança. Eli Borges citou exemplos de outros países que adotaram medidas semelhantes e posteriormente se arrependeram.
Em vez de buscar a liberação das drogas, o deputado defendeu a implementação de políticas de restauração da juventude e de oportunidades. Ele enfatizou que esse não é o caminho adequado para o país e concluiu seu discurso pedindo que Deus tenha misericórdia do Brasil, enquanto muitas pessoas parecem estar preocupadas com a vida e as dificuldades alheias, acreditando estar fazendo o bem, mas, segundo ele, estão equivocadas.