Minha atuação política é para reforçar as investigações da Lava Jato, portanto confesso ter sido vítima de uma ‘manobra
Mesmo depois de já ter assinado, Eli Borges, deputado federal tocantinense retirou sua assinatura da lista, para que pudesse criar uma CPI relacionada as denúncias feitas pelo The Intercept contra o juiz Sérgio Moro e os procuradores da Operação Lava Jato. A CPI, intitulada de “Vaza Jato”, investigaria a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que Moro esteve à frente.
A documentação foi criada pelos parlamentares: Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Alessandro Molon (PSB-RJ), Paulo Pimenta (PT-RS), Tadeu Alencar (PSB-PE), Ivan Valente (PSOL-SP), Daniel Almeida (PCdoB-BA), Orlando Silva (PCdoB-SP) e André Figueiredo (PDT-CE) e conseguiu 175 votos na Câmara dos Deputados.
“Minha atuação política é para reforçar as investigações da Lava Jato, portanto confesso ter sido vítima de uma ‘manobra’”, contou Borges. Ele disse também que sempre foi favorável a investigações feitas pelas comissões parlamentares de inquérito, porém mesmo o texto da CPI não falando em prejudicar as investigações, Eli achou melhor fazer a retirada de sua assinatura.
“A prova de minha postura foi que votei para que o COAF ficasse com Sérgio Moro, exatamente para reforçar a Lava Jato”, esclareceu.
“Queremos saber se houve violação da Constituição, do código da magistratura, do estatuto do Ministério Público, se delações foram negociadas, se pessoas inocentes foram feitas de réu. Isso tudo precisa ser esclarecido”, disse Jandira Feghali à imprensa.