Questionado pelo JM Notícia se o PROS no Tocantins poderia compor uma futura aliança em 2016 com Amastha ao Governo, Eli Borges (Pros) disse que não ver dificuldades em compor com ele ou em outro grupo.
Em entrevista ao JM Notícia, o deputado estadual Eli Borges (PROS), comentou sobre sua trajetória política, avaliou o cenário político para as eleições 2018, sua relação com o seguimento religioso, crise política e financeira que enfrenta o País e as constantes operações da Polícia Federal envolvendo políticos. Eli Borges está em seu 7º mandato, e segundo ele mesmo pontua, nunca teve seu nome envolvido em processos, investigação e nem contas eleitorais rejeitadas pela Justiça.
Sobre o cenário político para 2018, Eli Borges disse acreditar que em sua percepção o momento político do Estado se desenvolve em três frentes: Marcelo Miranda, que se conseguir os empréstimos internacionais propostos e tocando as obras poderá se fortalecer politicamente a partir de 2017 e buscar uma reeleição, a Senadora Kátia Abreu, que tem mostrado determinação e capacidade de enfrentar desafios grandes num estilo forte de fazer política, às vezes necessário nos momentos de crise e o prefeito Amastha, que começou sua busca pela reeleição com alto índice de rejeição e conseguiu vitória, provando ter tine político, “Eu estou analisando tudo isso e como a sociedade observando postura, em um grupo de políticos conhecidos como independentes, de luz própria, para fazer a melhor escolha para o Tocantins”, afirmou.
Vereador Joel Borges ficou na 1ª suplência em Palmas -TO
Eli Borges ainda destacou que a não reeleição de seu irmão, o vereador Joel Borges (PMN), não lhe afeta mas o faz refletir e rediscutir rumos e explicou que “dentro do próprio grupo, espaços trabalhados e delimitados a quatro anos pelo Vereador foram tirados para ajudar outros candidatos do próprio grupo”.
“Todos já tiveram derrotas em algum dia, e é na derrota que tiramos as melhores lições e reorganizamos estratégias. É hora de olhar para frente, é só uma batalha, não uma guerra. Primeiro suplente, faltaram 45 votos, bom histórico parlamentar, acredito que se no grupo em que ele (Joel Borges) está existe companheirismo, assumirá em breve e se não, daqui dois anos isto provavelmente ocorrerá. Num critério decente, quem for companheiro merece reconhecimento e destaque, isto, está raro no Tocantins”, pontuou Eli Borges.
Eleições 2018
O parlamentar comentou a fala do prefeito proferida no dia 24 de dezembro, onde afirma que se Cinthia Ribeiro (PSDB) estiver preparada poderá alçar voos maiores em 2018.
Questionado pelo JM Notícia se o PROS no Tocantins poderia compor uma futura aliança em 2016 com Amastha ao Governo, Eli Borges (Pros) disse que não ver dificuldades em compor com ele ou em outro grupo. “Na política não se negocia postura, mas composição é normal, a leitura da rua é que determinará. Não tenho restrições, tenho discordâncias pontuais. O partido e as ruas será o fórum que decidirá democraticamente e tenho também a minha postura pessoal”
Borges lembrou durante a entrevista ao JM Notícia, que chegou a ser avaliado há um certo tempo e obteve 97,3% de aprovação do seguimento evangélico e goza do respeito de outros seguimentos religiosos. “Fui e serei o deputado da família e acredito também que serei lembrado como o Deputado que vota contra o aumento de impostos e o campeão de emendas para recuperação de toxicômano, fui avaliado como um dos melhores deputados no mandato passado e espero repetir a dose neste, acho que em tempo de depuração política quem fez o dever de casa será lembrado”, disse.
Patrimônio Político
O parlamentar falou ainda sobre o cenário político para 2018, afirmou que possui um patrimônio político e em pesquisa para consumo interno, feita em julho de 2016, mesmo sem o nome colocado nas ruas, foi avaliado em segundo lugar, quase no primeiro e com o menor índice de rejeição e não jogará fora esse patrimônio político, “Com o ego rendido ao calvário e sem arrogância, isto é respaldo popular e glorifico a Deus por isto”, disse.
“Graças a DEUS, tenho uma história política e o respeito de milhares de pessoas no Tocantins pela minha postura de defesa da família; pela defesa do empresário e do produtor rural, geradores de riqueza e emprego; pela defesa das pessoas que querem se libertar das drogas, destinei mais de R$ 1 milhão de reais para a construção da primeira Clínica de Recuperação de toxicômano. Sempre votei com o funcionalismo e sou um dos poucos políticos com histórico de votos em leis priorizando o povo e não o poder, quando divulgar isto acredito que terá peso”
SENADO X REELEIÇÃO
Questionado se pode alçar maiores voos em 2018, Eli Borges disse que o caminho natural é a reeleição a Deputado Estadual, no entanto, segundo afirmou, há convites da sociedade para que ele busque uma das duas vagas ao Senado.
“Eu tenho uma história construída com lágrimas e renúncias. Estou orando e tenho um Deus que sabe de todas as coisas, se é a reeleição ótimo, eu sou servo. Se é uma busca ao Senado, ótimo, eu sou servo. Esta opção do Senado está muito forte, onde ando no Estado as pessoas comentam isso. Estou achando o assunto muito interessante, mas nesse momento não posso ainda declinar do espaço onde estou, ainda estou avaliando a outra possibilidade. Essa pretensão requer prudência, muita oração, e disposição de ser servo do Deus que conhece a minha vida, por enquanto Deputado, mais não tenho medo deste desafio, estou pronto, seja o que Deus quiser”, disse Eli Borges.
Justiça para todos
Questionado sobre a onda de operações da Polícia Federal no País envolvendo agente públicos, em especial políticos e as delações premiadas, o Deputado foi enfático. “Primeiro eu devo dizer que não tenho sequer uma conta de campanha rejeitada, não tenho um processo por desvio de dinheiro público e mesmo sendo legal, ainda não recebi e não pretendo pegar um centavo do auxílio moradia por compreender a situação em que passa os brasileiros e os tocantinenses sofridos, essa é minha postura, a exercito na condição de homem que conhece a Palavra de Deus, portanto, isso me leva a compreensão de que esse é o dever do cristão”, disse.
Para o deputado, as apurações de corrupção em curso, “é uma depuração necessária para a democracia, acho isso fantástico, a minha inquietação é porque a sociedade ainda está com a metralhadora apontada apenas para a classe política. Compreendo que o político que rouba tem que pagar pelos seus erros, mas isso não significa que só tenha políticos ruins, tem bons políticos que estão sendo colocados na vala comum e não deveria, desestimula a ascensão dos bons, sobre tudo da boa juventude e aí, quem nos governará no futuro. O critério de avaliação tem que ser rediscutido com base no fato e não na versão especulativa e precipitada.
“Essa metralhadora da sociedade, também deve se virar para os vendedores de votos, pois em todas as eleições, os bons políticos se frustram com as pessoas que ainda tem a cultura de vender o voto – O poder nasce do voto “. Políticos são frutos da sociedade, então que a Justiça também os puna, quanto aos bons eleitores, parabéns”, ressaltou.
Excetuando a boa parte do judiciário, a exemplo do juiz Moro e outros, também questionou a falta de punição a outra parte que atua em desconformidade com a Lei, que muitas vezes querem aparecer fazendo do mundo jurídico um circo buscando holofotes, destruindo o nome de pessoas decentes, num pré-julgamento e modismo coercitivo desnecessário e delação premiada interesseira, como se fosse Pilatos sem atentar para a justiça, mais para o que a multidão dizia.
“Se a fábrica do poder é o voto, eleitores conscientes fabricarão bons políticos, que farão boas indicações ao alto escalão do judiciário. Que o clamor das ruas moralize e englobe políticos, eleitores vendilhões e a parte podre do judiciário, aí sim estaremos dando um grande passo para a consolidação e moralização da democracia no País, parece utópico, mais não vejo outro caminho”, pontuou Eli.
Operação Timóteo
O parlamentar também comentou sobre a Operação Timóteo, que conduziu coercitivamente o pastor Silas Malafaia, um dos maiores líderes evangélicos do País”.
O pastor Silas Malafaia chega para depor na sede da Polícia Federal em São Paulo, na zona oeste da cidade, na tarde desta sexta-feira (16)
A condução coercitiva é condução debaixo de vara, esse é o conceito jurídico da expressão. Isso ocorre quando a pessoa se nega a ir depor, e conhecendo o pastor Silas, nunca o vi se negar a atender um chamado da Justiça para dar explicações, até porque na condição de Pastor e comandante chefe de uma instituição, recebeu uma doação e colocou na própria conta, pegou os valores e direcionou, isto foi o que vi no extrato”. O maior patrimônio de um homem público é o nome, e a justiça não pode desconsiderar isto por uma hipótese, ou só porque o nome de alguém está em um lista, é macular um nome pelo provável. “Um membro do judiciário nunca deverá buscar holofotes, já são vitalícios”, acho que houve excessos”, finalizou.