Delegado chefe da equipe que matou PM teve delegacia invadida por militares em 2017

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Delegado chefe da equipe que matou PM teve delegacia invadida por militares em 2017

Delegado Cassiano Oyama e três agentes foram afastados e tiveram as armas apreendidas. Sargento da PM foi morto durante abordagem em bar na região sul de Palmas.

delegado Cassiano Oyama, que chefiava a equipe responsável por balear e matar o sargento José Maria Rodrigues, se envolveu em outra polêmica com a Polícia Militar em 2017. Naquela ocasião, ele prendeu dois militares suspeitos de envolvimento com tráfico de drogas dentro do batalhão da PM. Em seguida, um grupo de PMs invadiu a delegacia dele para supostamente tentar intimidá-lo.

Desta vez, a equipe do delegado estava na região sul de Palmas investigando outro crime, quando pararam em um bar após uma suposta denúncia de perturbação do sossego por som alto. Ao fazer a abordagem, conforme os agentes, o sargento Rodrigues teria apontado uma arma para a equipe.

“Eles não sabiam que se tratava de um policial, era uma situação suspeita. Eles desembarcaram da viatura e no que eles desembarcaram, essa pessoa levantou e apontou a arma para eles, essa é a versão dos policiais. Nesse momento, eles tiveram que efetuar os disparos”, afirmou o corregedor da Polícia Civil, Fábio Augusto Simon.

Ainda conforme a corregedoria, o delegado Oyama não teria atirado. Os disparos teriam sido feitos pelos agentes Davi Neme Moradas, Gustavo Balduino e Hélio Lima. “Cada um dos policiais, os três policiais, efetuou um disparo”, disse o corregedor.

Davi Neme, Gustavo Balduino e Hélio Lima teriam atirado contra PM (Foto: Divulgação)

Davi Neme, Gustavo Balduino e Hélio Lima teriam atirado contra PM (Foto: Divulgação)

O PM foi atingido no braço, o joelho e o abdômen. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Geral de Palmas, mas não resistiu aos ferimentos. Os tiros, conforme a Polícia Civil, foram disparados por um fuzil e pistolas ponto 40.

A corregedoria da Polícia Militar afirmou que o sargento não atirou contra a equipe de policiais civis. “Colocamos oficiais da corregedoria para acompanhar a investigação. Foi uma atuação lamentável, mas nós temos que ter o equilíbrio necessário no sentido de apurar tanto pela Polícia Civil, quanto pela Polícia Militar”, disse o corregedor-geral da PM, coronel Henrique Júnior.

Os três policiais civis e o delegado envolvidos na ocorrência foram afastados e tiveram as armas apreendidas para perícia. A Associação dos Policiais Militares do Tocantins pediu a prisão dos envolvidos. O Ministério Público Estadual também está analisando o caso.

“A gente pede que a Justiça esclareça isso o mais rápido possível porque tem um ser humano, um homem da lei, um homem que trabalha para sustentar sua família”, lamentou o irmão da vítima, Marcos Rodrigues.

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