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Custodiados da Unidade Penal Regional de Palmas são capacitados com Oficina de Serigrafia e estampam próprios uniformes

Oficina é promovida pela Polícia Penal e a confecção conta com a participação de custodiados das unidades penais de Cariri e Miranorte.

Para fortalecer iniciativas que promovam a reinserção social e profissionalização de pessoas privadas de liberdade após o cumprimento das penas, o Sistema Penal do Tocantins está desenvolvendo a Oficina de Impressor Serigráfico a custodiados da Unidade Penal Regional de Palmas (UPRP). O curso, que teve início em março, consiste em repassar aos participantes, técnicas para desenvolver o processo de impressão em serigrafia e imprimir os desenhos na forma de estampas localizadas em tecidos para os uniformes dos próprios custodiados.

Com uma carga horária de 160 horas, os oficineiros produzem os uniformes que passam por etapas de recorte, estamparia e costura dos shorts e camisetas que serão distribuídos em todas as unidades penais do Estado. Além de oportunizar a qualificação e a capacitação para atuarem no mercado de trabalho, os custodiados podem ter redução de pena, chance que está sendo aproveitada pelo custodiado M.A.R, que já atua nos diversos processos da serigrafia.

É um aprendizado que a gente não tem nem explicação, é uma coisa para a vida toda, uma forma de ter serviço lá fora quando sair do Sistema. Isso proporciona para nós um trabalho, uma profissão a seguir, que é a serigrafia, além de aprender mais e mais com o instrutor, e ter experiência para ter um futuro na vida”, comentou o reeducando.

Qualificação

O instrutor serigráfico Carlos Henrique Damasceno destacou que a qualificação é uma chance a mais para a reinserção social dos aprendizes e, ainda acrescentou que a serigrafia é um mercado que tem demanda de serviços constantemente.

Quatro alunos estão desenvolvendo a serigrafia, tanto na estampa mono cor quanto da policromo, que é o estágio mais avançado da serigrafia. Os uniformes estão sendo confeccionados por eles e há uma demanda muito grande, gerando também uma economia ao Estado. A gente trabalha muito a paciência, pois é um processo que demanda muita concentração e eles desenvolveram essas competências muito rápido, estão produzindo por si”, disse o instrutor.

O policial penal que atua na gerência de Reintegração Social, Trabalho e Renda do Preso e Egresso, Norton Netto, explicou os benefícios da oficina, que se tornou permanente para os custodiados.

Hoje trabalhamos com parcerias, pois aqui na UPR de Palmas é feita a serigrafia e o corte das camisetas. Esse material vai para a unidade de Cariri onde são confeccionados os shorts. Lá temos mais 15 costureiros e, na Unidade Penal Feminina (UPF), de Miranorte, elas fecham as camisas, onde trabalhamos com dez costureiras. Essa oficina é feita nessas três unidades, não só pela remissão da pena, mas também pelos profissionais que eles vão se tornar. É um trabalho conjunto, na qual a gente visa principalmente o profissionalismo em serigrafia, em costura e empreendedorismo”, completou.

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