Crimes têm sido recorrentes na Arso 122, antiga quadra 1.205 Sul. Moradores contabilizam prejuízos com furto de materiais usados para construção de casas.
Construir um imóvel gera muitas despesas. Mas, o problema pode ficar ainda pior. É o que enfrenta a comunidade da Arso 122, antiga quadra 1.205 Sul, em Palmas. Moradores reclamam de furtos nas obras das quadras.
Os criminosos já levaram de tudo. Em uma das construções, eles furtaram o portão. Para não deixar o lote aberto, o proprietário fechou o espaço com tijolos.
Construir a casa própria sempre foi o sonho do técnico de enfermagem Marcos Andrey Martins. Mas o que era para ser um dos momentos mais alegres da vida dele se transformou em preocupação constante. Ele foi alvo de ladrões por duas vezes.
“Eles levaram todo o material dos pedreiros, todas as ferramentas, martelos, enxadão, todo o material. Até a masseira, tudo, prumo, o equipamento principal que os pedreiros precisavam para trabalhar, levaram. E até atrasou um pouco a obra porque teve que comprar todo o material novamente. [Na semana passada] roubaram de novo, levaram a fiação elétrica, que não chega a ser tão cara, mas é um prejuízo e quando a Energisa chegar para instalar, está sem o fio. Aí é um problema, como faz?”, disse ele.
Na quadra, várias construções já foram furtadas. Em cada obra, um novo relato. O professor Camilo Alves também foi vítima da ação dos criminosos. “Fui vítima, mas de pouca coisa, de barra de ferro. Antes eu não tinha lugar para colocar, aí eu fiz o primeiro cômodo para guardar o material e se livrar dessas coisas. Mas meu vizinho já perdeu o portão. O outro ali do lado, chegaram com a carretinha, levaram o tijolo dele”.
Segundo os moradores, a maior parte dos crimes acontece durante a noite. A quadra é nova e pouco habitada. Por isso, os bandidos aproveitam a movimentação pequena para fazer novas vítimas.
Com tantos casos acontecendo, quem tem uma obra em andamento procura se proteger como pode.
“Me protejo, eu tenho um vizinho que a casa dele já tem porta. Eu deixo o material lá, o material maior. O material menor eu sempre levo para casa para não ter esse problema. Se der bobeira o pessoal carrega na hora o material”, disse o militar Vinícius Reis Guimarães.
Quem já soma todas as despesas comuns em uma construção, agora também precisa se preocupar com os prejuízos causados pelos furtos recorrentes.
“Eu fico preocupado, tanto que o meu é combinado com meus vizinhos para um ficar vigiando o outro. Porque não é fácil você lutar para comprar. O pobre é assim, quando ele começa a inventar, o material sobe, não é fácil. Aí você compra e vai ser lesado”, reclamou Camilo.
A Polícia Militar informou que o policiamento ordinário, preventivo e ostensivo está sendo realizado em todos os horários e regiões da capital, segundo um planejamento. A PM ressaltou ainda que além da viatura específica para atender a Arso 122 e as quadras próximas, atuam também integrantes de outras equipes, como por exemplo, da Força Tática, para inibir qualquer ato criminoso.