Crianças da etnia Xerente escreveram cartinhas e tiveram desejos atendidos. Papai Noel fez a alegria da criançada e distribuiu guloseimas.
Foi a maior festa! Assim que o Papai Noel colocou as botas pela primeira vez na aldeia indígena Porteira, em Tocantínia, as crianças cantaram para celebrar. Afinal de contas, o bom velhinho havia percorrido 100 quilômetros de Palmas até a aldeia do povo Xerente para levar alegria e muitos presentes.
Na chegada, crianças tocaram instrumentos, cantaram e dançaram. Os olhinhos brilharam ao verem de pertinho uma das figuras mais importantes do Natal. Ele, com a barba branca, gorro e a simpatia em pessoa, conquistou os pequenos ao distribuir sorrisos e guloseimas.
“É um projeto de inclusão social e nós tivemos crianças que nunca viram a figura de um Papai Noel, conforme bem expressou o cacique. Hoje conseguimos ver nos olhos dessas crianças, a magia, alegria, a satisfação em receber. Isso não tem preço”, disse o superintendente dos Correios no Tocantins, José Luiz da Cunha Filho.
O ancião deu as boas-vindas na língua originária. Essa foi a primeira vez que as criança escreveram cartinhas para a campanha Papai Noel dos Correios. Os desejos foram variados.
A Luciana Xerente, de 8 anos, realizou o sonho de ganhar uma bicicleta. “Eu quero só agradecer o Papai Noel”, disse ela.
“Eu quero agradecer a todos os parceiros que vieram entregar o presente e fortalecer a educação, cultura, esporte e saúde”, informou o cacique Davanir Xerente.
Em todo o Brasil, os Correios já receberam 270 mil cartinhas, sendo que 200 mil foram adotadas. O prazo para participar da campanha acaba nesta quarta-feira (20). Para ajudar os alunos, a professora indígena gostaria de receber um computador portátil e melhorar a qualidade do ensino na aldeia.
“Para contribuir comigo nas atividades, para eu trabalhar, porque hoje em dia é só na tecnologia”, disse a professora Wakedi Xerente.