Cresce o número de crianças e adolescentes apreendidos no TO

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Cresce o número de crianças e adolescentes apreendidos no TO

No primeiro semestre de 2016 foram mais de 430 apreensões. Houve um aumento de 26% em relação ao mesmo período de 2015.

Cresceu o número de adolescentes envolvidos em crimes no Tocantins. Nesta semana, três casos foram registrados em Palmas e Araguaína. Segundo levantamento da Polícia Militar, de janeiro a junho deste ano, 437 adolescentes foram apreendidos em flagrante por atos infracionais.

O número representa um crescimento de 26% em comparação com o mesmo período de 2015, quando foram realizadas 345 apreensões.

“O número de adultos presos em flagrante foi de 457 nesse primeiro semestre, ou seja, a diferença é muito pequena. Há uma grande preocupação com esse crescimento e esses dados nos auxiliam em medidas preventivas”, disse a major da PM Lourdes Cristina.

“São diversos crimes, desde os de menor potencial ofensivo até os que envolvem violência ou grave ameaça. Alguns são reincidentes. Talvez em menor número que no caso de adultos, mas percebe se casos de meninos de 13 anos que já cometeram vários furtos. Porém, como há um menor potencial ofensivo esse adolescente não vai direto para a internação.”

Nesta quarta-feira (27), em Tocantinópolis, uma menina de 14 anos foi apreendida durante um furto. De acordo com a PM, ela e o irmão de nove anos já teriam furtado uma casa no último domingo (24) e voltaram para levar mais objetos, quando foram pegos.

Para o defensor público Elson Stecca a principal preocupação não é com a reincidência, mas com a idade em que os adolescentes estão entrando no mundo do crime.

“Antes começava com 16 ou 17 anos e hoje começa com 12 e 13. Essa é nossa preocupação.
Essa questão da reincidência reflete a ausência da família e principalmente do Estado, que não faz a sua parte por não desenvolver políticas públicas”.

O promotor cita ainda a falta de estrutura nos centros de internação de menores no Tocantins. “Faltam de centros de internação. Além da situação desses locais, que mais parecem um centro de guerra, não tem como o adolescente sair de lá e não voltar a praticar um ato infracional ou um crime porque alguns já saem com 18 anos.”

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