Consumo de energia aumenta, mas produção energética acompanha a demanda

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Consumo de energia aumenta, mas produção energética acompanha a demanda

O consumo histórico foi registrado em novembro — mais de 70 mil MW. Enquanto isso a expansão da produção energética em 2023 foi de 8,4 GW

O ano de 2023 bateu recordes quando o assunto é energia, tanto no consumo, quanto na produção. Vários fatores — entre eles o calor intenso dos meses de setembro a novembro — fizeram com que o consumo energético disparasse. Mas a produção, sobretudo de energia limpa e renovável, não ficou para trás. Este ano, o Brasil expandiu em 8,4 gigawatts (GW) a capacidade instalada de energia. Na prática, um adicional capaz de abastecer mais de 4 milhões de residências.

Juntas, as usinas eólicas e solares representaram 90,4% do crescimento e os estados que tiveram maior participação nessa expansão foram Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Bahia. As usinas fotovoltaicas e eólicas também contribuíram para esse aumento e somaram 7,6 GW de expansão.

O gerente de Análises e Informações ao Mercado da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Ricardo Gedra, explica que o aumento no consumo vem sendo acompanhado por um aumento na produção de energia.

“Isso não representa nenhum problema de abastecimento para o país que estão com os reservatórios das hidrelétricas bem supridos e com muitas usinas eólicas e solares já em construção para atender a demanda do nosso país.”

Calorão foi um dos responsáveis pelo aumento do consumo

Segundo a CCEE, os meses que registraram o maior aumento de consumo de energia, foram justamente os mais quentes de 2023 — setembro e novembro — com altas de 7,6% e 11,4% respectivamente.

Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), setembro de 2023 foi o mais quente em 60 anos, com temperaturas passando dos 30ºC em praticamente todo o país. Com isso, o uso de aparelhos ventiladores e de ar-condicionado aumentou e o consumo de energia também.

Para os próximos meses de verão o calor continua, como explica a meteorologia do Inmet Dayse Moraes. Mas segundo ela, as chuvas típicas da estação aliviam um pouco as altas temperaturas.

“A gente tem esse aquecimento e as temperaturas elevadas, mas tem as chuvas, que são características dessa estação. Elas vem acompanhadas de raios, rajadas de vento, por conta do aquecimento e da alta umidade, no período da noite, temos as pancadas de chuva. E com a chuva, em alguns pontos mais intensos, tem a redução da temperatura.”

Para janeiro, a previsão é de um mês típico: com calor e sol durante o dia e pancadas de chuva e vento na parte da tarde e da noite.

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