Conjuve e parceiros avançam na segunda onda de pesquisa para ouvir jovens sobre a pandemia

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Conjuve e parceiros avançam na segunda onda de pesquisa para ouvir jovens sobre a pandemia

Questionário da consulta Juventudes e a Pandemia do Coronavírus (Covid-19) ficará disponível pela internet até 5 de abril

Um ano após o início da pandemia de COVID-19, garantir direitos para a população jovem brasileira tornou-se um desafio complexo. Em busca de respostas dos próprios jovens sobre como a crise sanitária os afeta e como eles podem ser apoiados neste momento, uma nova onda da pesquisa “Juventudes e a Pandemia do Coronavírus (Covid-19)” Foi lançada no dia 22 de março e já recebeu mais de 30 mil respostas em todo o País. Jovens de 15 a 29 anos de todo o Brasil poderão participar da consulta por meio do questionário online disponível no link bit.ly/juventudesepandemia2, até o dia 5 de abril.

Promovida pelo Conselho Nacional da Juventude (CONJUVE), em parceria com a Fundação Roberto Marinho, a UNESCO, a Rede Conhecimento Social, a Visão Mundial, o Mapa Educação, o Em Movimento e o Porvir, a primeira edição da pesquisa foi realizada em maio de 2020 e ouviu 33.688 jovens. À época, seus resultados mostraram que a pandemia afetava diferentes aspectos da vida dos jovens, como perda de trabalho e renda, dificuldade para estudar em casa e elevado nível de estresse. Os dados foram amplamente divulgados e usados por organizações e profissionais comprometidos em apoiar o desenvolvimento das juventudes, bem como para pautar e influenciar a ação de tomadores de decisão.

Agora, com os riscos ampliados pela longa exposição à pandemia, a segunda onda de mobilização pretende atualizar as percepções das juventudes sobre a crise e trazer dados que ajudem a evitar sequelas graves para a maior geração de jovens da história do país. “Especialmente no Tocantins, temos recebido um número considerável de respostas, graças a isso será possível construir um relatório detalhado também da situação do jovem no Estado de forma específica, norteando com a base em dados e evidências as políticas públicas para uma faixa etária que contempla mais de 400 mil jovens.”, afirma Gustavo Gama, Secretário Geral do Conselho Nacional da Juventude.

Por meio do questionário, os jovens terão a oportunidade de relatar suas experiências e sentimentos em relação a saúde e bem-estar; educação e aprendizado; trabalho e renda; e vida pública e expectativas. Também devem responder algumas informações sobre sua origem e perfil socioeconômico, mas não precisam se identificar. Com 70 perguntas como: “Quando estiver disponível para a sua faixa de idade, você pretende tomar a vacina contra COVID-19?” e “Pensando em perspectivas de futuro para o mundo do trabalho, quais são as duas ações prioritárias para instituições públicas e privadas ajudarem jovens a lidar com efeitos da pandemia?”, a pesquisa leva aproximadamente 30 minutos para ser completada.

Assim como na primeira edição, os temas e questões do questionário foram propostos por um grupo de 10 jovens que participaram de oficinas utilizando a metodologia PerguntAção, coordenadas pela Rede Conhecimento Social, uma das organizações parceiras da iniciativa. Segundo Marisa Villi, diretora executiva da ONG, essa metodologia envolve o público alvo da pesquisa em todas suas etapas. “A construção coletiva da segunda onda da pesquisa tem sido riquíssima, com jovens extremamente engajados em identificar temas prioritários para entender o atual momento da pandemia e levantar perspectivas de futuro para as juventudes. As experiências de cada jovem ao longo da pandemia foram traduzidas em perguntas que eles gostariam de fazer a outros jovens de todo o país, tomando como referência os aprendizados da onda 1 da pesquisa. Certamente a análise coletiva de resultados será muito potente.”

Os jovens que colaboram com a pesquisa foram indicados por cada organização do Comitê de Governança da iniciativa ainda na sua primeira onda. Esse comitê é formado por especialistas em juventudes, pesquisa, comunicação e mobilização das organizações parceiras da consulta, que também acompanham e colaboram com suas várias etapas. Está entre as responsabilidades do comitê coordenar a mobilização por respostas em todo o país. Organizações que trabalham ou são formadas por jovens serão convidadas a divulgar o questionário em diferentes regiões. Além disso, os próprios jovens envolvidos na elaboração das questões também participarão da mobilização.

O objetivo é atingir uma amostra representativa das juventudes brasileiras. Para isso, será feito um monitoramento durante a fase de coleta, conforme explica Rosalina Soares, Assessora de Pesquisa e Avaliação da Fundação Roberto Marinho. “No processo de mobilização precisamos ficar atentos se estamos atraindo e garantindo a representatividade de jovens de todas a regiões do Brasil, moradores de zonas urbanas e rurais, jovens do sexo masculino e feminino, com diferentes identidades de gênero e cor/raça. Vamos monitorar as respostas, utilizando dados populacionais do IBGE para analisar a representatividade e ativar a mobilização, cuidando para que ao final da coleta a pesquisa represente as juventudes brasileiras”.

O lançamento dos dados será realizado no festival de lançamento do Atlas das Juventudes, em maio. O Atlas das Juventudes é uma pesquisa nacional, coordenada pelo Em Movimento e pelo Pacto das Juventudes pelos ODS que tem como objetivo produzir, sistematizar e disseminar dados sobre as diferentes juventudes do Brasil. Contribuir com evidências para que sejam feitos os investimentos certos, no momento certo, para ativar o potencial desta geração.

“Lançaremos a segunda onda da pesquisa Juventudes e a Pandemia como parte do Festival de Lançamento do Atlas das Juventudes, uma vez que o esforço de realizar essa pesquisa nasceu dentro da articulação que já realizamos para o Atlas, e como forma de agregar ao esforço de compilar em um só lugar, evidências sistematizadas e disponíveis sobre as juventudes. No contexto em que vivemos, a segunda onda do Juventudes e a Pandemia se mostra ainda mais relevante, para entendermos como os jovens passaram por esse último ano desafiador, e como a sociedade pode garantir os seus direitos para o seu pleno desenvolvimento.”, completa Mariana Resegue, secretária executiva do Em Movimento e coordenadora do Atlas das Juventudes.

SOBRE O CONJUVE 

Instituído pela Lei nº 11.129/2005 e regulamentado pelo Decreto nº 10.069/2019, o CONJUVE reúne algumas das principais organizações juvenis do país.

Entre as suas atribuições, está a de formular e propor diretrizes da ação governamental voltadas à promoção de políticas públicas de juventude, desenvolver estudos e pesquisas sobre a realidade socioeconômica dos jovens, articular, engajar e mobilizar redes e organizações juvenis e promover o intercâmbio entre as organizações juvenis nacionais e internacionais.

O CONJUVE é a plataforma oficial de representação juvenil do Brasil, sua atuação foi determinante para a concretização de marcos históricos como a aprovação do Estatuto da Juventude, o Decreto que instituiu o Sistema Nacional da Juventude e ainda cumpre o importante papel de coordenar a Conferência Nacional de Juventude, que mobiliza mais de 600.000 jovens de todo o país e busca reunir as propostas para a construção do Plano Nacional da Juventude.

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