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Com apoio do Governo do Tocantins, indígenas da Ilha do Bananal acessam recurso para investir em rebanho bovino

Finalidade é incentivar as famílias indígenas na implantação do próprio sistema de produção

Com apoio do Governo do Tocantins, por meio do Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), cinco famílias indígenas da Aldeia Boto Velho, etnia Javaé, tiveram acesso ao valor de R$ 472.700, para investir na criação de gado na Ilha do Bananal. A assinatura e a liberação do crédito ocorreram na manhã desta quinta-feira, 24, na Agência do Banco da Amazônia, em Porto Nacional, com a presença do vice-presidente do Ruraltins, José Aníbal Lamattina; e do coordenador Local da Fundação nacional Indígena (Funai) de Gurupi, Georthon Aurélio Lima Brito.

Os projetos de crédito foram elaborados pela equipe técnica do Ruraltins, resultados do Mutirão do Agrocrédito realizado na região da Ilha do Bananal, que teve como finalidade incentivar as famílias indígenas da Ilha do Bananal na implantação do próprio sistema de produção de pecuária.

O crédito será destinado à aquisição de 20 vacas e um reprodutor, por família. O recurso foi obtido pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) Mais Alimentos, com a finalidade de custear e investir nas suas atividades agropecuárias, atendendo as necessidades destas famílias em relação a alimentação e geração de renda.

Durante a assinatura, o gerente da unidade, Fábio Patrício dos Santos, afirmou que o recurso obtido a juros baixos tem carência de quatro anos, dando prazo necessário para que as famílias iniciem o pagamento. Fábio Patrício dos Santos afirmou que o banco também disponibiliza crédito de R$ 5 mil para cada projeto, destinado ao custeio da atividade. Além do projeto já liberado, o Ruraltins garantiu assistência na elaboração de proposta para acesso ao recurso de custeio, e também acompanhamento tanto na aquisição dos animais conforme previsto nos projetos, quanto no acompanhamento e na assistência técnica para o manejo da atividade.

“Este recurso é um passo importante para que estas famílias indígenas tenham a oportunidade de iniciar ou ampliar uma atividade produtiva sustentável, e assim ter condições de adquirir seu próprio rebanho, ter sua independência em vez dos arrendamentos de áreas para criação de bovinos pelos produtores de fora da ilha do Bananal”, explicou o vice-presidente do Ruraltins, que também falou da proposta de trabalhar com a inseminação artificial do rebanho, visando o melhoramento genético e produtividade.

Na ocasião, foi alinhado com o coordenador da Funai, o acesso dos técnicos a aldeia, que destacou a necessidade de trabalharem alinhados para a autossustentabilidade dos povos indígenas. “Estamos buscando isso há muito tempo e, agora, chegou o momento da comunidade Boto Velho ser contemplada com esse recurso. Representa uma conquista, pois dá a eles condições de cuidar do próprio rebanho, e tirar certas formas de arrendamentos, de aluguel de pastagens que favorecem os não indígenas”, explicou.

O cacique Javaé da Aldeia Boto Velho, Wagner Mairea Javaé, agradeceu o apoio recebido e frisou que o recurso será para ampliar a atividade pecuária do seu povo. “A gente vem lutando há muito tempo e não foi fácil, mas neste momento rompemos as barreiras e conseguimos acessar o recurso. A Ilha do Bananal é propícia para a atividade e estamos bem otimistas, porque precisamos avançar”, afirmou.

O cacique Javaé, da Aldeia Boto Velho, Wagner Mairea Javaé, pretende ampliar a atividade pecuária – Ruraltins/Governo do Tocantins

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