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Colheita de arroz é suspensa após alagamentos e 30 mil toneladas devem ser perdidas no estado

Estimativa é de que pelo menos cinco mil hectares de arroz serão perdidos com o excesso de chuvas em Lagoa da Confusão. Prejuízo chega a R$ 60 milhões.

As chuvas intensas inundaram cidades do interior do estado e deixaram mais de 200 pessoas desabrigadas ou desalojadas no Tocantins, segundo a Defesa Civil. Prejuízos também foram registrados no campo. Em Lagoa da Confusão, a colheita do arroz foi suspensa porque as plantações estão alagadas.

Segundo a Associação de Produtores Rurais, a estimativa é de que pelo menos cinco mil hectares de arroz serão perdidos com o excesso de chuvas. Isso equivale 30 mil toneladas de arroz e um prejuízo perto dos R$ 60 milhões.

“A nossa área de campo, nosso departamento, tá trabalhando para ver as medidas de reparação que têm que ser feitas, em termo de estradas. E em termo também do que deve ser levado ao produtor em termos de assistência em função desse grave quadro de enchentes que afetou, e muito, toda essa região de produção agrícola aqui de Lagoa da Confusão”, disse o presidente da Aproest, Wagno Milhomem.

A Prefeitura de Lagoa da Confusão, inclusive, decretou situação de emergência. Indígenas ficaram ilhados e alguns precisaram ser resgatados de helicóptero. Moradores e produtores rurais estão preocupados com a possibilidade de mais chuvas.

“E se realmente chover, aí vai ficar bastante prejudicado. Porque a colheita tem que ser rápida, não tem muito prazo para esperar. Ela deve acontecer em poucos dias”, comentou o prefeito de Lagoa da Confusão, Thiago Soares Carlos, que também é produtor rural.

Zona rural de Lagoa da Confusão ficou debaixo d'água — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Zona rural de Lagoa da Confusão ficou debaixo d’água — Foto: TV Anhanguera/Reprodução

Além dos prejuízos à lavoura, na Ilha do Bananal, a enchente arrastou peixes para fora dos rios. Os animais ficam presos em poças de lama e acabam morrendo.

Essa cheia no sudoeste do Tocantins acontece apenas cinco meses depois que uma seca extrema que afetou os rios do estado. Para o pesquisador Juliano Schirmbeck, do Matopibas Água, os eventos climáticos podem ter sido agravados pela destruição das matas da região.

“Quando eu tenho um ambiente natural, com uma área de preservação no entorno dos rios, a tendência é que a água seja retida por esse ambiente. Num evento de precipitação, essa água é retida no ambiente. Ela vai sendo liberada aos poucos para o rio. Mantém o rio, mantém o ambiente mais tempo úmido e com disponibilidade de água num evento de seca, como também evita. Ajuda a evitar um pico de inundação que pode estar acontecendo, extremo.”

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