Em todo ano de 2020 foram 32 acidentes com vítimas fatais em Palmas. Levantamento do IBGE mostra que quantidade de motoristas bêbados no estado está acima da média nacional.
Palmas registrou 32 acidentes com vítimas fatais em 2020, segundo levantamento da Secretaria Municipal de Trânsito. Três deles aconteceram na última semana. O último foi registrado por uma câmera de segurança e teve como vítima o jovem Matheus Ribeiro, de 24 anos. Ele estava em uma moto e foi atingido por uma caminhonete.
A família do Matheus Ribeiro pede justiça. Ele morreu na última quinta-feira (10) em um trecho da quadra ACNO 2. Até agora ninguém sabe quem é o motorista da caminhonete prata, que fugiu sem prestar socorro.
“Ele saiu, foi deixar a namorada dele na casa dela, quando estava voltando, nesse local aqui, a caminhonete bateu nele e fugiu sem prestar socorro nenhum”, disse Marcos Vinícius Reis, que é primo da vítima.
Em todo o Tocantins foram 147 acidentes com mortes entre janeiro e setembro, segundo dados do relatório trimestral da Secretaria de Segurança Pública (SSP). Em 2019 tinham sido 157.
“O cometimento de infrações é constante, principalmente cinto de segurança, uso do telefone que tem sido um grande fator de falta de atenção e controle, provocando acidentes”, explicou a superintendente de trânsito de Palmas, Valéria Oliveira.
No mês passado o IBGE divulgou que 31,4% dos motoristas tocantinenses conduziram carro ou motocicleta após o consumo de bebida alcoólica. Esse resultado é quase o dobro da média nacional 17%. A pesquisa foi feita com base em dados do ano passado.
Na capital, de acordo com o IBGE, 25,9% dos motoristas chegaram a conduzir carro ou moto depois de beber. Esse percentual foi o maior entre as capitais da região norte. O perito José Carlos Rezende afirma que é comum encontrar vestígios de bebida alcoólica entre os veículos envolvidos em acidentes.
“A gente vê muitas pessoas que jogam a garrafa de bebida ou a lata de bebida pelos veículos e outros que simplesmente guardam dentro de seus veículos. Então, não é raro a perícia encontrar, dentro de veículos, garrafas ou latas vazias, ou até mesmo que estavam em uso”, comentou.