Em julho, o cartão de crédito foi apontado por 66,4% dos palmenses como principal tipo de dívida, resultado 4,8% menor que o do mesmo período do ano passado, quando chegou a 71,2% dos entrevistados. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), apurada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo em parceria com a Fecomércio Tocantins.
Personagem do orçamento familiar, o cartão de crédito ganha destaque como vilão, ficando no topo do ranking do tipo de dívidas, apesar do recuo. E um dos motivos para essa queda, além da diminuição do índice geral de endividamento, pode ser as recentes mudanças no uso do cartão de crédito.
Essas mudanças se referem às restrições para fazer o pagamento mínimo da fatura e acessar o crédito rotativo. As novas regras foram divulgadas em janeiro pelo Banco Central e começaram a valer em abril. Os consumidores que não conseguirem pagar integralmente a tarifa do cartão de crédito só poderão ficar no crédito rotativo por 30 dias, conforme Conselho Monetário Nacional (CMN).
Ainda sobre o ranking de dívidas, depois do cartão de crédito, seguem os financiamentos de automóveis, para 26,2% dos palmenses, os carnês (cartões fidelidade ou crediários) como opção para 24,1% dos entrevistados e o financiamento de casa, para 18%. A lista conta, ainda, com o cheque especial, crédito consignado, crédito pessoal, entre outros itens.
PEIC
O nível de endividamento aumentou 0,3% na comparação mensal, sendo que o total de palmenses que se declararam endividados ficou em 66,9%. Entre os entrevistados, 14,6% afirmaram que as dívidas estão atrasadas e 0,3% não terão condições de pagar as contas em atraso no próximo mês.
O tempo em que os palmenses disseram levar para pagar as contas ficou em 52,5 dias de atraso. Os consumidores afirmaram, também, que estão comprometidos com as dívidas durante 8,8 meses e 32,4% de suas rendas estão afetadas pelas contas. Os dados PEIC de julho foram coletados nos últimos 10 dias de junho.