São três em São Paulo, dois em Santa Catarina, um em Minas Gerais, um no Rio de Janeiro, um no Paraná e um no Ceará
A rápida disseminação do novo coronavírus, originado em Wuhan, China, tem colocado o mundo em alerta. Segundo as autoridades chinesas, a doença já foi registrada em 19 países e fez mais de nove mil vítimas, sendo 213 delas fatais. Com esse cenário, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou emergência de saúde pública de interesse internacional e deve coordenar ações de combate à doença entre diferentes autoridades e governos.
Até o momento, nenhum caso foi confirmado no Brasil. De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pelo Ministério da Saúde em 29 de janeiro, já foram notificados 43 casos suspeitos de coronavírus no País, mas apenas nove seguem em investigação. Os demais foram descartados ou excluídos, por não se enquadrarem nos pré-requisitos definidos pela OMS.
Mesmo assim, para a infectologista Catarina Pallares de Almeida, membro da Doctoralia, ainda há um alto risco de o vírus chegar ao Brasil. “No próximo mês, teremos o Carnaval. Nesta época do ano, muitas pessoas vêm de outros lugares do mundo para aproveitar a folia e acabam se aglomerando em blocos e festas. Como o coronavírus é transmitido, principalmente, pelo contato próximo, é possível que ocorra a disseminação no País”.
Ainda segundo a especialista, o coronavírus provoca sintomas semelhantes ao de um resfriado comum, como infecção respiratória, febre, tosse seca e falta de ar. “O problema é que ele pode ficar incubado de 2 a 14 dias e, mesmo no período de incubação, em que não apresenta sinais, continua a ser altamente transmissível”, alerta.
Embora haja uma corrida no desenvolvimento de medicamentos para combater o coronavírus, ainda não há tratamentos específicos para a doença. “Quando um paciente é diagnosticado, são ministrados remédios apenas para amenizar os sintomas, como analgésicos, antitérmicos e antibióticos”. A prevenção ainda é a melhor maneira de combater a doença.
Confira abaixo as dicas da infectologista Catarina Pallares de Almeida, membro da Doctoralia:
· Não entre em contato com quem sofre de infecções respiratórias;
· Em ambientes fechados, procure deixar as janelas abertas para que haja circulação do ar;
· Evite o contato com animais selvagens ou doentes, também transmissores da doença;
· Lave as mãos e utilize álcool gel frequentemente.