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Bebê que morreu na fila por cirurgia é enterrado no sul do Tocantins

Marcos Daniel foi sepultado no cemitério de Gurupi; família está revoltada. Ele esperou 11 dias por procedimento no coração, mas não resistiu.

O bebê Marcos Daniel Alves Santos foi enterrado nesta quinta-feira (11) no cemitério de Gurupi, no sul do Tocantins. Ele esperou 11 dias por uma cirurgia no coração por e morreu na noite desta quarta (10), em Palmas, sem passar pelo procedimento.

Durante o enterro, a mãe do menino desabafou. “Não tem como preencher esse vazio. É uma indignação muito grande porque ter um filho e depender do estado é muito difícil”, disse Dalila Alves.

Ele estava internado em um hospital particular de Palmas desde a semana passada e esperava transferência para um hospital de Goiânia (GO). O Tocantins não oferece o  procedimento cirúrgico que o menino precisava.

“O meu filho nasceu, chorou, precisou da cirurgia. Os médicos diziam que precisava ser feita com urgência. Os médicos falavam: esse neném está aqui até hoje?”

A família não se conforma com a morte e disse que vai buscar justiça. “Nós vamos denunciar para que possa ter justiça no nosso estado. O povo está morrendo, passando necessidade”, disse a avó da criança, Mudestina Pereira.

“Eu espero que os casos de outros bebês, de outras mães, sejam resolvidos”, disse a mãe.

Entenda
O menino nasceu em Gurupi no dia 30 de janeiro. Ele teve complicações depois do parto e foi transferido para um hospital particular de Palmas, custeado pelo estado. Na capital, os médicos identificaram problemas nas artérias do coração.

Um laudo do dia 2 de fevereiro assinado por um cardiologista atesta a urgência da cirurgia. A recomendação médica era que o procedimento fosse feito em até 15 dias.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) informou que o procedimento cirúrgico estava marcado para a próxima segunda-feira (15), no Hospital da Criança de Goiânia (GO), e que Marcos Daniel seria transferido em UTI Aérea.

A mãe dele chegou a procurar o Ministério Público Estadual para pedir a agilidade na transferência do filho. Ao G1, a Sesau disse que “lamenta a morte do menor e informa que o agendamento da cirurgia cardíaca do paciente dependia de vaga no hospital.”

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