Juiz deu prazo de cinco dias para estado fazer a operação, mas procedimento foi desmarcado duas vezes. Mãe teme que filho tenha sequelas irreversíveis por causa da demora.
O pequeno Ítalo Miguel está há um mês esperando por uma cirurgia no Hospital Geral de Palmas (HGP). A família conseguiu uma decisão da Justiça determinando que o procedimento para corrigir uma anomalia no crânio fosse realizado, mas até agora nada foi feito. O menino tem um ano e quatro meses e a família teme que ele fique com sequelas.
O diagnóstico do problema saiu ainda no ano passado. A espera pela cirurgia foi tão longa que a família precisou procurar a justiça. Na decisão, que é do dia 12 de fevereiro, o juiz determinou que a criança fosse operada em, no máximo, cinco dias.
Só que a operação foi marcada e desmarcada duas vezes. Enquanto isso, o pequeno Ítalo Miguel segue esperando pelo procedimento e a família não sabe mais a quem recorrer. “A justificativa é de que não tem vaga na UTI. Eles deixam meu filho com fome, fura meu filho para no dia falarem que não vai ter cirurgia”, contou a dona de casa Gisele Rodrigues Brito.
A preocupação da família não apenas com o descaso por parte do governo, mas com os problemas que o bebê pode vir a ter por conta dessa demora. Se a cirurgia não for feita logo o menino pode ficar com sequelas irreversíveis.
“Eu tô desesperada porque se meu filho ficar doente, não poder andar, não poder falar sendo que ele está saudável e com essa espera eles não fazerem isso é preocupante. Para uma mãe é desesperador”, lamentou a mãe.
Segundo a mãe, a informação que recebeu no HGP é de que o procedimento pode ser realizado nesse domingo (8). “Só que não falaram: mãezinha é certeza que seu filho vai operar. Eles não dão certeza. Então eu fico sofrendo com meu filho para que? Para nada”, disse.
O que diz a secretaria de saúde
A Secretaria Estadual da Saúde informou que o quadro do paciente é estável e que ele está sendo atendido pela equipe do HGP. A SES informou ainda que a cirurgia foi reagendada para amanhã, domingo, por conta da gravidade de outro caso onde o paciente precisou ser operado antes.